Mãe de Isabele critica soltura de atiradora e diz que ela é perigosa

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A mãe de Isabele, Patrícia Hellen, afirma que a adolescente que atirou em sua filha é um perigo para a sociedade.

A mãe de Isabele Guimarães, morta com um tiro na cabeça aos 14 anos, Patrícia Hellen Guimarães Ramos se manifestou sobre internação relâmpago da adolescente B.O.C., de 15 anos, responsável pela morte da sua filha, no qual ela disse que esperava que menina ficasse no Complexo Socioeducativo Pomeri, por pelo menos 45 dias.

“Não era assim que eu imaginava. Esperava que, no mínimo, fosse passar os 45 dias. Eu fiquei muito assustada com a velocidade das coisas”, afirmou.

Patrícia ainda pontou, em entrevista dada para o jornal MTTV 2º Edição, da TVCA,  que diferente do que afirmou o desembargador que concedeu a liberação da atiradora, a menina representa sim, perigo para o meio externo.

“Ela representa, sim, um perigo para a sociedade. Eu, os amigos e os familiares, temos esperado e acreditado que essas pessoas vão ser punidas por aquilo que fizeram, porque não é um crime comum”, argumentou.

A mãe que perdeu a filha Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, no dia 12 de julho, por um tiro que teve como responsável B. criticou a postura do pai da garota o empresário Marcelo Martins Cestari. Ele disse que a filha não tem do que se arrepender.

“O que o pai dela disse, que ela não tinha feito nada… Porque eles insistem na hipótese de acidente, o que para mim está totalmente descartado. Para eu poder perdoá-los, eu preciso saber o que aconteceu. Eu preciso saber que a justiça está ao meu lado e que essas pessoas vão ser penalizadas”, explicou.

A adolescente havia sido internada no Pomeri, na noite da última terça-feira (15), por uma decisão judicial, onde ela passou a noite, e foi liberada 12 horas depois. Tudo isso, pois a defesa recorreu na 2ª instância e o desembargador de plantão, Rui Ramos, concedeu o habeas corpus para a atiradora na manhã de quarta-feira (16).

Caso 

As investigações da morte da adolescente Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, chegaram ao fim no dia 3 de setembro.  A Polícia Civil entregou o inquérito e apontou cinco pessoas como responsáveis, sendo três adultos e dois adolescentes.

Uma atuação conjunta da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) e da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), conduzida pelos delegados Wagner Bassi e Francisco Kunzê, concluiu que a morte de Isabele não foi acidente e sim intencional ou no mínimo a adolescente B.O.C. assumiu o risco de matar.

Isabele foi atingida por um disparo no nariz que saiu pela nuca, na noite de 12 de julho, na casa da família Cestari, no condomínio Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá. O disparo foi feito por B.

Além da adolescente, foram indiciados o pai dela, o empresário Marcelo Cestari, a mãe, Gaby Cestari, o namorado e o pai do namorado.

Fonte: ReporterMT