Líder do Comando Vermelho é acusado de espancar e escravizar mulher por 4 anos

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Uma mulher, identificada apenas como P., foi libertada na manhã desta segunda-feira (28) por policiais militares no bairro Parque Cuiabá, após ser espancada e viver em situação de escravidão e cárcere privado na casa de Júnior Queiroz, mais conhecido como Pokémon, na Capital.

A Polícia Militar (PM) recebeu denúncia anônima para comparecer ao endereço e verificar a situação de P. No local, os militares gritaram pelo nome da mulher, que apareceu na porta chorando, mas não se aproximou dos policiais por medo do acusado.

Pokémon logo apareceu e já gritou que os policiais não entrariam em sua casa sem um mandado, mas após insistência dos militares que queriam apenas conversar com a mulher, ele deixou que ela saísse.

A vítima se aproximou dos policiais machucada e ainda tremendo de medo de Júnior.

Ela relatou à PM que foi espancada durante a madrugada porque Pokémon a acusou de roubar R$ 50.

A mulher denunciou ainda que há quatro anos trabalha na casa e nunca recebeu pelo trabalho, apenas tem comida e lugar para dormir. Ela ressaltou que nunca teve coragem de sair dessa situação por medo do patrão, que segundo ela, é líder de uma facção criminosa.

Em seguida, uma viatura levou a vítima à Policlínica do Coxipó, onde recebeu atendimento de primeiros socorros, mas foi encaminhada ao Pronto-Socorro municipal para continuidade dos cuidados médicos devido à gravidade das lesões, onde ficou internada sob observação.

Após a denúncia, a PM invadiu a casa de Pokémon e prendeu o acusado. Em buscas pela casa foram apreendidas uma espingarda de pressão adulterada para uso de munição real, R$ 2.079 em espécie, além de balança de precisão escondida na calha do banheiro, porções de pasta base e cocaína dentro de um vidro de desodorante, dez munições intactas calibre 380.

Júnior Queiroz foi encaminhado à Central de Flagrantes, onde ficou à disposição da Justiça e vai responder pelos crimes de redução à condição análoga à de escravo, lesão corporal, porte ilegal de arma de fogo, tráfico ilícito de drogas, sequestro e cárcere privado.

Fonte: Repórter MT