Justiça mantém prisão de pastor acusado de estuprar cinco mulheres em Cuiabá

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) manteve a prisão do pastor L. S. A., de 42 anos, acusado de estuprar de cinco vítimas em Cuiabá. Duas delas eram menores de idade. A defesa do pastor, entrou com habeas corpus pedindo revogação da prisão alegando não ter provas. Ele cumpre pena desde 2022.

A medida de manter a prisão do líder religioso ocorreu durante sessão de julgamento, na quarta-feira (10). Os magistrados da 2ª Câmara Criminal seguiram o voto do desembargador relator, Rui Ramos Ribeiro, que negaram o requerimento da defesa e decidiram por manter a prisão do acusado.

A defesa alegou que não haviam provas do crime e que a primeira decisão da prisão do pastor não foi devidamente fundamentada. Argumentou ainda que ele é pai de uma criança menor de idade que depende dele. Contudo, nenhuma das argumentações foram aceitas.

O CASO

O pastor morava em Cuiabá, mas ele praticava os abusos quando ia “pregar” na cidade de Confresa (1.049 km de Cuiabá). Os abusos eram cometidos quando ele dizia que precisava passar óleo ungido nas partes íntimas das vítimas citando que essas pessoas estavam com “magia negra”.

Uma das vítimas participava de uma conferência na igreja, quando o suspeito chamou a menor em um quarto fechado e acariciou as partes íntimas da adolescente, utilizando de subterfúgios ligados ao ministério pastoral a ele confiado. Em outro momento, ele realizou uma chamada de vídeo para a menor, em que aparecia manipulando e exibindo o órgão genital.

A segunda vítima, de 17 anos, relatou que no mês de fevereiro deste ano foi até igreja evangélica falar com pastor, para que ele fizesse uma oração. Então ele a levou até o banheiro da igreja, deu um óleo e pediu para passar na barriga. Na sequência, o investigado passou o óleo pelo corpo da vítima, que começou a sentir tontura. Então, o suspeito tirou o vestido da adolescente e praticou os atos sexuais.

O investigado levava as vítimas, maiores e menores de idade, para um quarto ou outro cômodo da igreja, passava o produto no corpo e nas partes íntimas delas e praticava os abusos.

Com base nas investigações, depoimentos, indícios e provas colhidos pela equipe de investigação, foi representada pela prisão preventiva do investigado pelo crime de estupro de vulnerável, deferida pela Justiça.

Diante da ordem judicial decretada foi solicitado apoio ao Plantão de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica e Sexual de Cuiabá, que efetuou a prisão do suspeito em sua residência, no bairro residencial Nico Baracat, na Capital. (HNT)