Julgamento que pode expulsar Paccola da PM é antecipado pela Justiça

Fonte:

O juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá Especializada em Justiça Militar, antecipou a sessão de julgamento do vereador cassado Marcos Paccola (Republicanos) para o dia 29 de novembro deste ano. Paccola deve ser julgado por falsidade ideológica, crime apurado durante a Operação Coverage, terceira fase da Operação Mercenários.

Paccola é acusado pelo Ministério Público de alterar o histórico de uma arma de fogo no Sistema de Registro e Gerenciamento de Armas de Fogo da Polícia Militar. A ação do vereador teria como objetivo encobrir rastros da utilização da arma em crimes de execuções cometidos em Mato Grosso, crimes investigados na Operação Mercenários.

A alteração do histórico da arma, segundo o Ministério Público, teria ocorrido após a deflagração da terceira fase da Operação Mercenários. Na ocasião, o vereador, que é tenente-coronel RR da Polícia Militar, chegou a ser preso por ordem do juiz João Bosco Soares da Silva. O início do julgamento de Paccola estava marcado para fevereiro de 2023.

Além dele, outros 4 oficiais da Polícia Militar foram denunciados pelos crimes de organização criminosa, embaraço de investigação em três inquéritos, falsidade ideológica, fraude processual e inserção de dados falsos em sistema de informações. O MP requer que, além da condenação pelos crimes praticados, os envolvidos sejam desligados da corporação.

Consta na denúncia, que os oficiais militares utilizaram-se de seus cargos e funções de relevância para fomentar esquema criminoso voltado à adulteração de registros de armas de fogo, mediante falsificação documental e inserção de dados falsos em sistema informatizado da Superintendência de Apoio Logístico e Patrimônio da Polícia Militar.

Uma das armas de fogo que teve o registro adulterado, adquirida por um dos denunciados, segundo o Ministério Público, teve como objetivo ocultar a autoria de sete crimes de homicídios, sendo quatro tentados e três consumados, ocorridos entre os anos de 2015 e 2016, praticados pelo grupo criminoso conhecido como “Mercenários”.

Fonte: Estadão de MT