Juiz manda pais de adolescente que matou Isabele a entregarem armas e cassa licença

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O juiz Murilo Moura Mesquita, da 8ª Vara Criminal de Cuiabá, acolheu pedido do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) e determinou que os pais da menor que matou Isabele Guimarães, de 14 anos, com um tiro no rosto, entreguem todas as armas de fogo e apetrechos de recarregamento de munição.

O empresário Marcelo Cestari e a esposa, Gaby Cestari, ainda tiveram a autorização para a prática de tiros, caça e coleção de armas suspensa pela Justiça. A licença do casal foi cassada no mesmo mês em que ocorreu o crime na casa da família no condomínio Alphaville I, em julho de 2020.

Em setembro do ano passado, os dois tiveram o Certificado de Registro para o uso de armas de fogo cancelado pelo Exército Brasileiro por determinação do comandante interino da 9ª Região Militar, o coronel Marco Aurélio Kuster de Paula. A Justiça Militar também apreendeu as armas e munições desde então.

O magistrado atribuiu a morte da adolescente como resultado da suposta “negligência dos pais”, que mostra adequadas e suficientes as medidas cautelares diversas da prisão, até mesmo como forma de preservar a integridade física dos seus filhos”. Mesmo, porque a denúncia imputou ao casal o crime de “omissão em relação ao dever de vigilância inerente à ambos em relação aos seus filhos”.

O empresário e a esposa foram denunciados por homicídio culposo, posse ilegal de arma de fogo, entrega de arma de fogo a pessoa menor, fraude processual e corrupção de menores.

O caso

Isabele Guimarães morreu na casa da amiga, filha do empresário Marcelo Cestari, na noite do dia 12 de julho de 2020. A primeira versão era de que B estava indo guardar duas armas e que, em um acidente, as armas caíram e ao pegá-las uma disparou acidentalmente, acertando Isabele, que estava dentro do banheiro do quarto da amiga. O tiro acertou o nariz e saiu na nuca.

Na mesma noite, a Polícia Civil apreendeu sete armas na residência, sendo duas em nome de uma terceira pessoa. As duas armas eram do então sogro da menor e foram levadas até a casa pelo namorado.

Fonte: Repórter MT