Juiz converte flagrante de ‘serial killer dos motoristas’ em prisão preventiva

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O juiz Abel Balbino Guimarães, da 5ª Vara Criminal de Várzea Grande, converteu a prisão em flagrante de Lucas Ferreira da Silva em preventiva nesta terça-feira, 16 de abril. Ele é um dos criminosos presos pelo assassinato de três motoristas de aplicativo neste final de semana e passou por audiência de custódia nesta terça-feira.

Os outros dois detidos são adolescentes e só deverão passar pela audiência de apresentação nesta quarta-feira, 17. O caso está sob segredo de justiça por se tratar de adolescentes e tramita sob o comando do juiz Tiago Souza Nogueira Abreu, titular da Vara Especializada da Infância e Juventude de Várzea Grande. O magistrado aguarda um parecer do Ministério Público do Estado (MP-MT) para realizar a audiência.

Os três foram detidos pelo triplo latrocínio de motoristas por aplicativo. Elizeu Rosa Coelho (58 anos), Nilson Nogueira (42 anos) e Márcio Rogério Carneiro estavam trabalhando quando desapareceram nos últimos dias, entre 11 e 14 de abril. Os três carros já haviam sido localizados, abandonados em Várzea Grande.

As investigações da Polícia Civil levaram até os três envolvidos, que acabaram detidos e confessaram que tinham matado as três vítimas. Os corpos de Elizeu e Márcio foram encontrados na noite desta segunda-feira, 16, no bairro Chapéu do Sol, em Várzea Grande. Já o corpo de Nilson foi localizado na manhã desta terça-feira, no bairro Souza Lima, também em VG.

O crime causou revolta na população da Baixada Cuiabana e escancarou a insegurança dos profissionais de serviço por aplicativo. O depoimento dos criminosos à Polícia causou ainda mais estarrecimento. À imprensa, o delegado Nilson Farias, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), revelou que os assassinos tomaram gosto pelo crime e matavam suas vítimas apenas por prazer.

Segundo ele, os envolvidos confessaram que os motoristas não demonstravam reação e recebiam a promessa, após serem assaltados, de que seriam levados a um lugar ermo e lá liberados. Porém, lá chegando, os bandidos os executavam, inclusive com requintes de crueldade.

Aos policiais, os criminosos também adiantaram que há outras pessoas envolvidas e que a meta era matar um motorista por dia. Outro fato revelado pelo delegado é que um dos criminosos não conhecia direito o território, sugerindo que ele não era morador da Baixada Cuiabana.

Os corpos foram encontrados em locais de difícil acesso. (Fonte: Estadão de MT)