Governo Lula quer priorizar alimentos a ciganos, quilombolas e povos de terreiros no RS

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O governo Lula (PT) está articulando com o Ministério da Igualdade Racial, comandado por Anielle Franco, e o Ministério do Desenvolvimento Social a distribuição prioritária de alimentos a famílias do Rio Grande do Sul que sejam ligadas às comunidades ciganas, quilombolas e de terreiros. A possibilidade de se priorizar estas comunidades na distribuição de alimentos foi publicada nesta terça (7), pelo jornal Folha de São Paulo.

A diretora de políticas de quilombolas e ciganos da Igualdade Racial, Paula Balduíno, disse à Folha que a pasta está mapeando as famílias afetadas nestas comunidades. Ela afirma que tem recebido vídeos e áudios relatando a falta de alimentos.

“A gente vai ter que montar uma estratégia de levar por helicóptero esses alimentos para muitas dessas famílias. Então tem uma parte da nossa equipe que está exclusivamente dedicada a fazer esse levantamento e trabalhar na construção dessa logística junto com os outros órgãos”, disse.

No último domingo (5), o próprio Ministério da Igualdade Racial informou que estava monitorando os impactos “especialmente” nas comunidades quilombolas, ciganas e de terreiros, e que tem articulado com outras pastas e movimentos sociais o envio de cestas básicas e outros itens de primeira necessidade.

“O Ministério da Igualdade Racial está nesta força-tarefa de apoio emergencial. Estamos mobilizados e fazendo um levantamento sobre as populações quilombolas ciganos e povos de terreiro que foram afetadas e unindo nossos esforços dentro do governo federal no que for preciso”, disse a ministra Anielle Franco.

A ministra de Lula fala em priorizar alguns grupos mesmo sabendo que 204 mil pessoas estão fora de casa, sendo que 48 mil estão em abrigos e 156 mil desalojados.

O boletim mais recente da Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgado na noite desta terça-feira aponta que já são 388 cidades atingidas em todo o estado, com mais de 1,4 milhão de pessoas afetadas. As enchentes já fizeram 95 vítimas fatais e 131 desaparecidos.

Fonte: Folha de São Paulo/Muvuca Popular