Funcionários dos Correios convocam greve em meio a debate de privatização

Fonte:

Com a pandemia da Covid-19 aumentando a demanda por entregas, Os funcionários devem parar no próximo dia 18 e o serviço ficara às mínguas.

A Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios, Telégrados e Similares) divulgou uma nota na qual orienta os funcionários dos Correios a realizarem uma greve no dia 18 de agosto. Uma assembleia deve acontecer um dia antes para confirmar a paralisação. Segundo a entidade, a empresa “não apresentou nenhuma contraproposta à pauta de negociações enviada pela categoria” e “não cumpre as medidas mínimas de segurança à saúde do trabalhador”. A categoria reivindica o aumento salarial e a manutenção dos benefícios.

“A Federação e seus sindicatos filiados tiveram muitas vezes que travar lutas judiciais para garantir o mínimo de condição para não expor os funcionários, muito menos clientes. Isso por si só demonstra a má fé e a negligência da empresa para com os trabalhadores. Resultado disso é o crescente número de casos de infectados e óbitos dentro da categoria, dados, aliás, que a empresa se nega a divulgar oficialmente”, diz o comunicado divulgado pela Fentect. A proposta dos Correios, que altera alguns benefícios aos funcionários, tem sido alvo de críticas. Ao UOL, o presidente dos Correios, general Floriano Peixoto, afirmou que a proposta apresentada pela empresa “é condizente com sua situação financeira e a realidade do país”.

Na semana passada, os Correios informaram, em nota, que apresentaram uma proposta de acordo aos funcionários para evitar paralisações do serviço. Ainda segundo a empresa, o trabalho de readequação da realidade da empresa vem sendo feito em respeito à legislação e à CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). As medidas visam, ainda, à saúde e ao equilíbrio financeiro da instituição. A entidade afirma ainda que “empresa também não atua com a verdade ao falar que tenta exaustivamente negociar. Tanto que não apresentou contraproposta e encerrou as negociações na semana passada”.

Com Informações: UOL