O menino Isaque tem 4 anos, mas ao contrário das outras crianças, não pode sair correndo por aí, aprontando molecagens. Ele tem anemia falciforme, uma mutação genética que provoca a deformação dos glóbulos vermelhos, que passam a ter mais dificuldade para circular e oxigenar os tecidos.
“Os glóbulos vermelhos são redondos, mas nas pessoas com anemia falciforme, eles ficam como foices e não conseguem circular direito pelas veias”, explica Renato Souza Soares, pai de Isaque.
Renato conta que, por causa da doença, o filho tem os batimentos do coração acelerados, se comparados a uma pessoa que não possui esse tipo de anemia. Além disso, ele se cansa mais rápido e pode acabar tendo uma nova crise com fortes dores – o que sempre significa uma nova internação hospitalar.
“O risco de morte para pessoas com anemia falciforme é iminente. A qualquer momento ele pode ter um derrame cerebral ou uma parada cardíaca”, conta o pai.
A única forma de curar essa doença é por meio de um transplante de medula. Até existe uma fila no SUS, mas como conta Renato, a prioridade é para os pacientes em pior estado. A única solução para Isaque, é gerar um outro filho dos mesmos pais, que seria cem por cento compatível.
Mas aí entra um novo empecilho na história dessa família: tanto Renato quanto a esposa, Núbia, possuem traço da doença em seu DNA. Dessa maneira, as chances de um segundo filho nascer com o mesmo problema são muito altas. A alternativa, dada pela ciência, é a fertilização in vitro, procedimento moderno que permite que o médico selecione um embrião “saudável” antes da fecundação.
Para fazer o procedimento, a família precisa de ajuda. Orçamento realizado junto a uma clínica especializada em Cuiabá foi de R$ 40 mil só para a fertilização, sem contar consultas e exames que venham a ser necessários. Os pais de Isaque não têm condições de pagar todo esse valor.
É por essa razão que foi criada uma campanha online para ajudar a família a arrecadar a quantia necessária. Qualquer pessoa que se sensibilizar com a luta de Isaque e seus pais, pode CLICAR AQUI e fazer uma doação.
“Só quem é pai sabe a dor que é ver o seu filho levar 25 agulhadas no braço e não ter mais lágrimas para chorar. O Isaque já fez 30 transfusões de sangue, isso não é normal”, conta Renato.
Mas a luta não termina aí. Depois que o segundo filho for concebido, a família ainda vai ter que arcar com os custos do transplante de medula. Mas, uma coisa de cada vez. Como diz Renato, depois da fertilização in vitro, eles ainda vão ter nove meses para correr atrás do transplante que o filho precisa.
Fonte: Repórter MT