Empresário registra B.O. contra taxista acusado de enviar mensagem homofóbica

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O empresário do ramo de eventos, M. C. J de 43 anos, registrou denúncia contra um taxista da empresa “Rádio Taxi Cuiabana” pelo crime de homofobia sofrido por ele na última quinta-feira (7) enquanto tentava agendar uma corrida para ir embora do Hotel Fazenda Mato Grosso.

O empresário contou ao Olhar Direto que estava saindo de um evento no hotel que encerrou por volta das 23h daquela data e tentou solicitar um carro via aplicativo que, apresentando erros, não finalizou o pedido. Diante disso, ele resolveu pedir um táxi da empresa Rádio Táxi Cuiabana.

No momento da chamada, foi informado que o carro chegaria dentro de instantes, o que, segundo a vitima, não aconteceu. Após quase 30 minutos de espera e já com a bateria do celular fraca, ele acabou embarcando em outro táxi que chegou no local por volta das 00h25, segundo informou.

Por conta do horário, o celular da vítima que estava programado como número comercial, não tocou e ele só foi ver as chamadas perdidas nesta sexta-feira (8). O taxista, por sua vez, tendo negativa em suas ligações, enviou um áudio para a vítima contendo mensagem de conteúdo homofóbico.

“Cara você deve ser uma ‘bichona’ daquelas, que dá c… e que chora. Quando você ligar na Rádio Taxi, que você pedir um táxi, que você pedir um Uber, sei lá que caralho que você foi embora, pelo menos tenha a capacidade de ligar e cancelar, para não fazer o cara sair de longe para vir dar pernada. Ou então seja homem para atender o telefone. Dá uma satisfação seu prego”.

Ao ouvir a mensagem, o empresário retornou ao taxista dizendo que houve um desencontro e explicou a situação do celular programado em número comercial. Ainda assim, ele resolveu fazer a denúncia temendo o que pode acontecer com outros passageiros deste mesmo taxista. “Homofobia é crime e as pessoas precisam saber disso”, lamentou a vítima.

Em 2019, o Supremo Tribunal Federal decidiu enquadrar homofobia e transfobia como crimes de racismo ao reconhecer omissão legislativa. O Plenário concluiu o julgamento das ações que tratam da matéria e decidiu que, até que o Congresso Nacional edite lei específica, as condutas homofóbicas e transfóbicas se enquadram na tipificação da Lei do Racismo.

A empresa responsável pelos táxis foi procurada mas não retornou às mensagens, segundo a reportagem do OD.

Fonte: Olhar Direto