Empresária nega extorsão e revela contrato com “cláusula de silêncio” para não expor agressões

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A defesa da empresária Mariana Vidotto, uma das dez mulheres que denunciaram o advogado Cleverson Contó por abuso sexual, ameaça e agressão, afirmou que nunca houve pedido de R$ 500 mil para que as denúncias fossem retiradas.

Contó protocolou uma representação criminal contra Mariana e a ex-mulher, a médica Laryssa Moraes, que também diz ser vítima dele. Conforme o documento, Mariana tinha um acordo firmado judicialmente para não mencionar o nome de Cleverson, mas que após algum tempo o rompeu, exigindo uma alta quantia de dinheiro. O suspeito ainda relatou que, durante o relacionamento com a empresária, a mesma exigia uma “vida de luxos”.

Por meio de nota, Mariana ressaltou, através do advogado Francisco Faiad, que os áudios divulgados pela defesa de Contó são de uma conversa entre ela e Cleverson na tentativa de desfazer a união estável, já que moraram juntos. “O acordo proposto pelos advogados era para acertar os valores pelos bens adquiridos durante a união estável, a chamada meação. Nestes casos, quando há dissolução, aquilo que é adquirido pelo casal tem que ser repartido em 50% para cada um”, diz trecho do posicionamento.

A defesa da empresária informou que ela se recusou a assinar o documento por conta de uma cláusula de silêncio proposta pelo ex, onde teria que concordar em não citar os episódios de violência sofridos durante a relação. “O senhor Cleverson Contó tentou incluir isso e Mariana não aceitou o acordo. Por isso a vítima não recebeu absolutamente nenhum valor a título de meação pela união estável que foi dissolvida. Ratificamos que não há nenhum tipo de extorsão. Tanto é verdade que Mariana não aceitou sequer receber a parte que ela teria direito pela divisão pela união estável que tiveram”, continuou Faiad.

O advogado ainda lamentou a tentativa da defesa de Cleverson em querer inverter os fatos e esconder os atos violentos cometidos por ele.

NOTA À IMPRENSA

Com relação às acusações de extorsão feitas pelo advogado Cleverson Contó, a defesa de Mariana Vidotto, esclarece que, em nenhum momento, houve pedido de R$ 500 mil para que a denúncia de agressão e estupro fosse retirada ou divulgada. 

Os áudios divulgados hoje, tirados totalmente de contexto, apontam uma conversa entre os advogados de Mariana e Cleverson, com o  intuito de discutir a dissolução de união estável. Era dissolução de união estável em razão de terem vividos, como se casados fossem, sob o mesmo teto. 

O acordo proposto pelos advogados era para acertar os valores pelos bens adquiridos durante a união estável, a chamada meação. Nestes casos, quando há dissolução, aquilo que é adquirido pelo casal tem que ser repartido em 50% para cada um.

Informamos que Mariana se recusou a assinar o acordo devido a uma cláusula de silêncio proposta por Cleverson. O termo acordava que a vítima jamais poderia citar os episódios de violência sofridos durante a relação.

O senhor Cleverson Contó tentou incluir isso e Mariana não aceitou o acordo. Por isso a vítima não recebeu absolutamente nenhum valor a título de meação pela união estável que foi dissolvida. Ratificamos que não há nenhum tipo de extorsão. Tanto é verdade que Mariana não aceitou sequer receber a parte que ela teria direito pela divisão pela união estável que tiveram.

Por fim, lamentamos a tentativa da defesa de Clerverson Contó em querer inverter os fatos e esconder os atos violentos cometidos pelo advogado contra diversas vítimas distintas que já relataram as agressões sofridas às autoridades policiais.

Francisco Faiad

Fonte: Folhamax