Emanuel vê um ‘novo normal’ e diz que população deve aprender a conviver com o vírus

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Após três meses da assinatura do primeiro decreto em que determinou medidas de prevenção do contágio pelo novo coronavírus e a instauração do Comitê de Enfrentamento à Covid-19, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, avalia que Cuiabá vive hoje uma fase de “novo normal”, na qual as pessoas terão que conviver com o vírus, cuja proliferação ainda está em ascensão, porém, tomando todos os cuidados necessários. O prefeito afirmou ainda que as pessoas terão que conviver com o vírus.

“Qual é sua orientação, prefeito? É a mesma do começo: se puder, fique em casa. Cuide dos grupos de risco da sua família, especialmente dos idosos, mantenha a higiene pessoal e familiar, oriente sua família e você dê o exemplo, lave as mãos constantemente com água e sabão ou álcool em gel e não saia. Se tiver que sair, a partir desse novo normal, por favor, use a máscara, evite transporte coletivo, não participe de aglomerações, não entre em filas, cuide da higiene pessoal e da higiene do ambiente em que você vai, exija máscara. Se você for no comércio ou num estabelecimento, exija o distanciamento social, exija as medidas de biossegurança dentro desse ambiente e comece a viver esse novo normal absolutamente diferente no nosso cotidiano, no nosso dia a dia”, afirmou Pinheiro, durante reunião promovida pela Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) com todos os 141 prefeitos do estado, na tarde de terça-feira (16).

Na ocasião, Emanuel Pinheiro lembrou que, desde o início de março, a Capital vem seguindo rigorosamente os protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde. Além disso, informou que a projeção é de que o pico da doença será na segunda quinzena de julho. “O vírus iria numa velocidade mais lenta, ganharia força no início de maio aceleraria no final de maio, tomaria uma velocidade maior em junho e julho. A segunda quinzena de julho atingiria o pico e, se nós fizermos o dever de casa, ele começa a cair. Em agosto cai mais lento, setembro cai mais forte, outubro cai mais forte ainda e tende a dar uma acalmada no início de novembro”, prospecta, com base nos dados do Comitê de Enfrentamento.

Pinheiro explicou ainda que foi com base nessa prospecção que decidiu adotar o isolamento social no início da pandemia em Cuiabá. “Nós precisávamos estruturar a saúde pública para esse novo fenômeno que seria enfrentado, que seria uma pandemia com um grau de contágio muito grande, uma velocidade muito grande e uma periculosidade e índice de mortalidade muito forte, especialmente nos grupos de risco”.

Além disso, o período de isolamento social, que durou cerca de 45 dias para a maioria das atividades, também foi necessário para preparar a população, segundo o prefeito. “Se até hoje existe nos nossos municípios aquela faixa da população que ainda não acredita, que é relaxada mesmo, que não está nem aí, imagina se não houvesse todo um preparo de comunicação, de orientação, de conscientização?”, apontou Pinheiro.

Conforme o gestor, após essa fase de preparação da sociedade e de estruturação da rede pública de saúde, a Prefeitura trabalha na sua ampliação, como novos equipamentos, testes laboratoriais e leitos de UTI sendo disponibilizados. Ele também destacou que essa nova rotina na vida dos cuiabanos ainda vai durar “por um bom tempo”, uma vez que ainda não há uma vacina eficaz contra o novo coronavírus.

“Procedendo dessa forma, nós vamos conter a proliferação mais rápida do vírus e vamos manter o achatamento da curva. Isso em Cuiabá significa o quê? Significa que nós estamos num crescimento de 6% a 7% ao dia da taxa de incidência e isso é alto. Mas em Manaus e Belém, por exemplo, era 30% ao dia. Então, Cuiabá está numa taxa normal. A gente briga pra baixar! Mas estamos entre as menores taxas do país”, pontua.