“Emanuel deixou uma bomba-relógio que vai estourar em 2021”

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Candidato a vice na chapa de Roberto França critica a gestão das finanças por parte de Emanuel

Candidato a vice na chapa de Roberto França (Patriota), o vereador Marcelo Bussiki (DEM) voltou a criticar a forma como o prefeito Emanuel Pinheiro (DEM) geriu os recursos do Município.

De acordo com Bussiki, o atual prefeito, que é candidato à reeleição, vem realizando uma série de “pedaladas” fiscais que tornam o caixa do Alencastro uma verdadeira “bomba-relógio”.

“São várias situações que ocorrem na Prefeitura de Cuiabá, que criou uma bomba-relógio que vai estourar em 2021”, disse o candidato na live do MidiaNews nesta sexta-feira (13).

Um dos exemplos usado pelo vereador é a nota de capacidade de pagamento (Capag) de 2020, que foi suspensa pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). A suspensão ocorreu após Bussiki enviar ao órgão uma denúncia de suposta “maquiagem” nas contas públicas.

“Com certeza a Prefeitura está com sérias dificuldades. [Após] essa representação que encaminhamos para o STN, foi aberto um inquérito no Ministério Público Estadual pelo promotor Mauro Zaque. E encaminhamos também ao TCE”.

“A população nos conhece, sabe que não fazemos fofoca. O exemplo é a nota Capag que está suspensa dada a seriedade da nossa apresentação. E até o momento a Prefeitura não conseguiu se explicar”, afirmou.

Contas Mauro Mendes

O candidato contou que a Prefeitura apresentou um déficit no caixa no último quadrimestre de 2019. O que não teria acontecido com antecessor de Emanuel, o então prefeito da Capital e agora governador Mauro Mendes (DEM).

“Em 2016 o prefeito Emanuel recebeu as contas do prefeito Mauro Mendes com R$ 60 milhões de restos a pagar, mas tinha R$ 170 milhões em caixa. No último quadrimestre de 2019, a situação era a seguinte: havia R$ 83 milhões de restos a pagar e faltando em caixa R$ 65 milhões”.

“Enquanto Mauro deixou mais de R$ 100 milhões de sobra de recurso para Emanuel, hoje não tem dinheiro em caixa para pagar”, explicou.

“Maquiagem”

Uma representação de natureza externa foi encaminhada por Bussiki e o vereador Felipe Wellaton (Cidadania) ao Tribunal de Contas do Estado no dia 24 de março contendo denúncia relativa a uma possível “maquiagem” das contas públicas na gestão do emedebista.

Eles apontam que foram encontrados “sério indícios” de que Emanuel empregou ações de maneira a “artificializar” os indicadores fiscais de Cuiabá – em especial aqueles relativos à capacidade de pagamento (Capag) visando a validação de empréstimos com a União.

Ainda segundo os vereadores, dados extraídos do sistema informatizado da Prefeitura, na rubrica “outras despesas correntes”, consta uma anulação de empenho na ordem de R$ 326,5 milhões, o que também fere a legislação, conforme a representação.

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Fonte: MidiaNews