O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) ressaltou o trabalho feito em Cuiabá ainda no início da pandemia no Brasil e disse que isso credenciou a cidade a abrir de forma segura parte do comércio. Porém, existem estudos que avaliam um possível fechamento de tudo se houver aumento de casos de Covid-19 fora do controle.
Segundo o gestor, se o número de infectados por dia passar de 10% em Cuiabá, pode haver toque de recolher ou até mesmo lockdown.
“O lockdown ou toque de alerta só terá se houver um descontrole total e os casos começarem a subir mais de 10% ou 12% ao dia. Estamos na nova fase de conviver com o vírus. Não posso trancar a população até dezembro. A população precisa trabalhar. Não adianta o armazém estar aberto e a população não ter dinheiro para comprar. Temos que ter a retomada das atividades gradual com responsabilidade. Mas se houver um boom da doença, nós temos um planejamento de fechamento ou medidas severas para serem tomadas”, explicou o prefeito.
Segundo Emanuel, em entrevista à Rádio Jovem Pan, nesta sexta-feira (5), as cidades de Sinop, Sorriso e Cáceres, já sofrem sem leitos de UTIs, pois estão sobrecarregadas e passando pelo verdadeiro colapso. Isso irá fazer com que os infectados cheguem para se tratar na capital. “Isso reflete o bom trabalho feito em março e abril. Aqui temos leitos, mesmo tendo um grupo político dizendo que não fizemos nada”, comentou o prefeito.
“Fomos muito criticados, mas fizemos o dever de casa. Hoje temos 25% ou 30% de lotação em nossas unidades voltadas para tratamento de pessoas com Covid. Temos 95 leitos, com mais dez para ser entregues semana que vem. Mas o vírus está interiorizando, porque o trabalho no interior não foi feito. Nossos números asseguram que podemos abrir novamente o comércio de forma segura. Vai bater e voltar. Vem todo mundo pra cá. Nós fomos criticados, mas fizemos o dever de casa. atualente estamos com certo controle”, disse Emanuel.
Segundo Emanuel, até julho, o sistema de saúde de Cuiabá, se não houver um surto do dia pra noite, está preparado para receber pacientes infectados com o vírus, mas como a propagação estadual só cresce, isso pode mudar.
“Temos vagas na UTI, mas é algo que aumenta diariamente. Pois o vírus é brutal. Tudo pode mudar do dia pra noite. Temos 55 leitos de UTI no antigo Pronto-Socorro de Cuiabá e mais 40 no Hospital São Benedito e mais 10 que vamos lançar em menos de uma semana. Até julho o sistema de saúde resiste. Repito, o vírus não tem cura, ele cresce com uma velocidade forte e tem alto poder de propagação. Por isso o isolamento é a melhor medida. O nosso trabalho diário mostra que o vírus cresce 8% ao dia. Não tem como fazer muro de arrimo e isolar Cuiabá. Cuiabá é enorme e tem Várzea Grande ao lado, que juntos tem 1 milhão de habitantes. Quando se relaxa mais, mais potencializa o caso. Até julho temos uma atenção maior”, concluiu o prefeito.
Fonte: Olhardireto