Emanuel aponta amor por Cuiabá ao justificar recuo na corrida ao governo de MT

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O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou que declinou da disputa ao governo do Estado por amor a Cuiabá, que completa, nesta sexta-feira (8), 303 anos. Em entrevista à Rádio Capital FM nesta manhã, o emedebista falou que é “bom demax” ser prefeito da cidade e não consideraria  justo largar a capital aniversariante no meio do mandato para investir no pleito.

No entanto, no começo da semana, informou que não houve tempo suficiente para construir o projeto.

Contudo, reforçou que continua empenhado na busca por nome alternativo para corrida ao Palácio Paiaguás. O gestor também aproveitou a oportunidade para alfinetar o atual governador Mauro Mendes (UB).

“Eu não podia trair a confiança do povo cuiabano. Eu falei que iria tirar 14 dias de férias para buscar a construção de um projeto alternativo de oposição. Necessariamente, não seria eu, por conta do compromisso que tenho com o povo cuiabano, feito em 2020, reeleito historicamente numa eleição contra tudo e contra todos, com uma oposição enorme liderada pelo atual governador do Estado, mas eu tive Deus e o povo cuiabano ao meu lado. Eu não largaria no meio do mandato”, explicou Emanuel.

O prefeito reforçou o nome do vice-prefeito José Roberto Stopa (PV) como pré-candidato ao governo ao justificar permanência no cargo. Afirmou que agiu com bom senso, além de destacar que a família é totalmente contra a possível candidatura dele. Citou ainda que teria que sair do MDB, já que a maioria de seus membros apoia eventual candidatura à reeleição de Mendes.

Para concorrer à chefia do Palácio Paiaguás, o prefeito migraria para o Solidariedade e contaria com o apoio de partidos como PV, PT e PCdoB. A filiação não se concretizou nos últimos minutos da janela partidária, segundo Emanuel.

“Nós temos um compromisso com o povo cuiabano. Aquela cadeira é abençoada, a cadeira de prefeito de Cuiabá. É o segundo poder político do Estado e é um orgulho muito grande da minha vida pública e de todos os cuiabanos. Prevaleceu o bom senso, além da família contra. Eu teria que sair do meu partido, porque o partido está dividido. Não seria recomendável isso, mas o que bateu fundo mesmo foi o compromisso com Cuiabá. Não traí a confiança do povo cuiabano e, como prefeito de Cuiabá, posso construir com mais calma”, pontuou.

“Nunca se tributou tanto na história de Mato Grosso. Nunca se sacrificou tanto a família mato-grossense com tributação de tudo que é jeito. Já exonerei Stopa da Secretaria de Obras para que ele não fique inelegível, mas continua sendo vice-prefeito, meu braço direito. Ele é pré-candidato. Devem aparecer outros ao governo, mas ele é pré-candidato e vai tentar construir seu nome dentro desse arco de aliança que se forma a partir da federação, porque o PV está na federação com PT e PCdoB, e vamos buscar outras forças políticas e sociais, especialmente no segmento organizado da sociedade para construção desse projeto”, emendou.

Questionado se a primeira-dama, Márcia Pinheiro, pode ser essa alternativa da oposição, Emanuel informou que ainda não há nada conversando nesse sentido.

“Eu fico feliz de ver tanta gente lançando, falando o nome da Marcia, mas isso é fruto do carisma dela, da dedicação dela para área social, dedicação dela pela inclusão, pela justiça social, pela prioridade aos mais pobres e o nome dela tem surgido, mas na verdade não há foco nesse sentido. Está na mão de Deus. Esperança sempre tem. Eu vejo o nome dela sendo citado para tudo. Se for para somar para fazer um projeto natural, sem forçar a barra, ela pode vir para colaborar”, finalizou.

Fonte: Hipernotícias