Delegado rebate críticas e diz que não tem intenções de ser candidato

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O delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) Flávio Stringueta, rebateu as críticas feitas pela defesa de João Arcanjo Ribeiro e afirma “Não sou candidato a nada, não sou filiado e não tenho interesse na vida política”.

Isto porque o advogado de Arcanjo , Zaid Arbid, disse que seu cliente estava sendo utilizado como passaporte eleitoral para o delegado. “O investigado quando não tem argumentos bons para sua defesa, parte para o ataque contra o investigador”, disse Stringueta.

O delegado afirma ainda que não é a primeira vez que sofre esse tipo de ataque e que o comportamento demonstra que o desespero que está batendo.

Arcanjo ainda elenca o histórico de autoridades que conduziram investigações contra si e o condenaram no Judiciário que ingressaram na política utilizando sua imagem como instrumento de palanque político-eleitoral.

As citações incluem o ex-governador, Pedro Taques, o ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva que se desligou da magistratura para ser candidato ao governo do Estado em 2014 e, posteriormente, a Prefeitura de Cuiabá em 2016; a ex-juíza Selma Arruda que veio a ser eleita senadora da República em 2018.

Stringueta finaliza dizendo que não é um homem político. “Já estou calejado com isso, não vai ser a primeira vez, nem a última”.

Operação Mantus

Arcanjo foi preso em casa nas primeiras horas do dia 29 de maio quando foi deflagrada a operação Mantus. Na residência dele, os policiais encontraram R$ 201,89 mil em espécie.

O rival de Arcanjo no jogo do bicho, Frederico Muller Coutinho, também preso na operação, e seu genro Giovanni  Zem Rodrigues .

O delegado da GCCO Flávio Stringueta, comandou as investigações da operação.

As investigações começaram em agosto de 2017 e chegaram a duas grandes organizações criminosas que comandavam o jogo do bicho em Mato Grosso sendo uma liderada por João Arcanjo Ribeiro e a outra por Frederico. As duas movimentaram em um ano, apenas por contas bancárias, mais de R$ 20 milhões.

O jogo do bicho funcionava de maneira estruturada, com contador fazendo recolhimento de dinheiro dia a dia e usando empresas de fachada para promover a lavagem de dinheiro.

Fonte: Cuiabano News