Cuiabá tem ônibus lotados em meio a pico de casos da Covid

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Secretaria de Mobilidade orienta passageiros a esperarem próximo veículo em casos de lotação

Desde o final do ano passado, o número de casos da Covid-19 têm crescido rapidamente em Mato Grosso, com aumento nas internações e mortes. Apesar dos leitos de UTI lotados, milhares de pessoas se aglomeram diariamente em ônibus lotados na ida e vinda do trabalho.

MidiaNews esteve nas ruas de Cuiabá ouviu aqueles que dependem do transporte público. Uma balconista, que preferiu não se identificar, contou a reportagem que desde junho trabalha de forma presencial e não é difícil usuários tirarem as máscaras dentro dos veículos, já que não há fiscalização.

Até mesmo dentro das estações Alencastro, Ipiranga e Bispo, no Centro da Capital, é possível ver pessoas sem máscara ou com ela abaixada.

“Não me sinto segura utilizando o transporte público. Não cheguei a ficar doente, se peguei fui assintomática. Mas tenho medo, trabalho direto com o público e atendo muitas pessoas. Já vi pessoas sem máscara dentro do ônibus. Entram e abaixam”.

Na Estação Alencastro, localizada na Avenida Getúlio Vargas, pessoas se amontoam para conseguir entrar em um dos ônibus que se aproximam. Uma das fiscais que estava no local ainda tenta sugerir que alguns desistam para pegar o próximo veículo. Sem sucesso.

Bruna Barbosa/MidiaNews

ONIBUS LOTADO

 Na Estação Alencastros passageiros se aglomeram para aguardar ônibus

Todos entram e se apertam entre as escadas. A fiscal grita que a porta do ônibus não vai fechar, ou seja, eles devem se apertar ainda mais dentro do veículo.

Em meio ao caos da lotação, é possível ver uma ou duas pessoas com os narizes para fora das máscaras.

Uma vendedora, que também não quis se identificar, afirmou que por conta do novo pico de casos da doença, a possibilidade de redução no horário de funcionamento das lojas deveria ser levada em consideração pela gestão municipal.

Ela disse que, além dos trabalhadores, muitas pessoas estão usando o transporte público sem terem necessidades urgentes.

“O Centro está sempre lotado de gente passeando, são muitos sem máscara. Tem sempre muita aglomeração nos pontos de ônibus. Como vamos manter o distanciamento social em um ônibus lotado?”

A Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) informou que até o momento não há perspectiva de redução do horário de funcionamento do comércio.

Um novo lockdown também já foi descartado pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

A Semob ressaltou que a orientação aos passageiros é que esperem pelo próximo ônibus para evitarem veículos lotados.

“As medidas de biossegurança no enfrentamento ao coronavírus permanecem as mesmas. A frota do transporte coletivo está funcionando em 100%. A orientação da Semob é para que os usuários do transporte coletivo, esperem o próximo ônibus, em casos de lotação dos mesmos. O tempo entre uma viagem e outra é de até dez minutos. Quanto a redução do horário de funcionamento do comércio, não tem perspectiva para isso”, disse a Semob em nota.

Fonte: MidiaNews