Cuiabá deve ter ‘sistema híbrido’ para volta às aulas em fevereiro

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A decisão quanto à retomada ou não das aulas presenciais na Capital ficou para quinta-feira (14). O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) volta a se reunir com representantes das secretarias de Saúde e de Educação e com os membros da Comissão de Combate à Covid-19 para bater o martelo quanto ao assunto.

Entre as possibilidades que estão sendo avaliadas, está o ensino híbrido, o qual combina práticas presenciais e remotas, por meio do uso de ferramentas digitais.

“É uma alternativa. Apesar de nossa estrutura não ser a mais adequada nesse sentido, mas tudo se adapta. Para evitar um prejuízo maior, o ensino híbrido não está descartado”, disse Emanuel, nesta terça-feira (12).

Na semana passada, o prefeito chegou a se reunir com entidades para debater o tema, mas nenhuma decisão foi tomada.

Ele, contudo, reconheceu a necessidade de se retomarem as aulas presenciais, mas afirmou que a decisão deve ser tomada com prudência, tendo em vista a ameaça de uma “segunda onda” de proliferação do novo coronavírus (Covid-19).

“Estou muito preocupado porque a saúde tem que estar acima de tudo, em primeiro lugar, e a estrutura das escolas favorece a aglomeração. O que me preocupa, a base maior, são a saúde e a vida das crianças e dos trabalhadores. Mas, existe também uma crise econômica”, observou.

Por conta da paralisação das aulas presenciais, o prefeito afirmou que diversas instituições de ensino privada fecharam as portas no ano passado.

“A minha preocupação é com a saúde e a vida das crianças e os profissionais, mas existe uma crise econômica social sem precedentes na Educação do Estado. No período da pandemia, no ano passado, 26 unidades de ensino privado fecharam as portas, cerca de 1,1 mil desempregados, e mais unidades estão ameaçando fechar. Na rede privada, vem a quebradeira em massa e existe um fantasma muito grande de um caos no setor, Mas, estamos buscando entendimento”, disse.

De acordo com o prefeito, a rede pública só não foi atingida porque é alimentada pela população com o pagamento de impostos.

“Como suportar uma situação dessa? Um ano com as portas fechadas? A rede pública suporta porque a sociedade alimenta. Eles pedem a volta no início de fevereiro e eu busco uma medida segura para tentar viabilizar essa volta. Estou bem preocupado, vamos avançar nas discussões. Estou preocupado com desemprego, com o fechamento de outras unidades. Muito preocupado, mas temos que tomar essa decisão com segurança total”, completou.

Apesar da indefinição sobre a reabertura das escolas, as matrículas para novos alunos da rede municipal de ensino foram abertas nesta semana e se encerram na sexta-feira (15), com a oferta de e 6,5 mil vagas para Educação Infantil I e II (4 e 5 anos) e do Ensino Fundamental.

Fonte: Diário de Cuiabá