Projeto de Lei em análise pela Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (ALMT), que proíbe o uso de celulares nas salas de aula das escolas estaduais do estado, tem ganhado apoio da comunidade escolar e também nas redes sociais. O objetivo, segundo o governo – autor da lei -, é alavancar o desenvolvimento da aprendizagem dos estudantes.
O Gazeta Digital conversou com Viviane Gomes Gonçalves, diretora da Escola Estadual Gustavo kulman, no bairro Jardim Vitória, em Cuiabá. Ela conta que o uso do aparelho durante a aula, para fins que não são educacionais, atrapalha a aprendizagem e afeta, principalmente, a concentração.
Acontece que, enquanto o professor está explicando um conteúdo, o estudante está conectado na internet, nas redes sociais e até em jogos online.
“Eles não conseguem se concentrar, nem prestar atenção no que está sendo ensinado. A aprendizagem fica prejudicada porque eles não conseguem absorver todas as informações. A consequência é que não conseguem desempenhar o resultado que se espera deles enquanto alunos”, explicou.
Além disso, há outro ponto citado pela diretora, que é a falta de respeito com os colegas e educadores, já que, em muitas vezes, quando ele é orientado a guardar o aparelho, nem sempre o estudante atende ao pedido. “É uma situação estressante aos professores, que relatam que está cada vez mais difícil trabalhar em sala de aula devido ao aumento do uso dos aparelhos eletrônicos”.
Já pensando na aprovação do PL, algumas unidades de ensino já estão adotando um espaço para guardar os celulares dos alunos. Reportagem recebeu fotos de uma escola, que instalou um pequeno ‘armário’ na sala, onde os estudantes vão deixar os aparelhos durante as aulas.
Sobre o tema, o Gazeta Digital perguntou em enquete sobre o que os internautas acham da lei. O resultado mostrou que 89,56% deles concordam com o propósito do PL, dizendo que não se deve usar celulares nas salas de aula. Já 58% responderam que não concordam, já que o celular é uma forma dos pais terem contado com os filhos. Por fim, 2.87% dos leitores disseram que o PL “não faz diferença”.
Cristiane Regine Rodrigues dos Santos, 34, mãe de duas meninas que são alunas da rede estadual, contou que concorsa com o resultado da pesquisa e está de acordo com o PL, uma vez que o rendimento dos alunos pode cair, bem como o aprendizado. Fora isso, ela acha importante viver ‘no mundo real’. “Celular para crianças e adolescentes deve ser uma ferramenta regrada e monitorada”, destacou. O PL está em tramitação e não há data para ser votado.
Fonte: Gazeta Digital