Com 45,6% de UTIs ocupadas, secretário alerta para colapso na Saúde: “Vai faltar leitos”

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A falta de medidas farmacológicas pela população é a princial causa de contágio da Covid-19, o coronavírus, segundo o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, que já alerta para um possível colapso na rede hospitalar, devido a taxa de ocupação que já atingiu 45,6% de um total de 246 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), exclusivamente reservados aos pacientes acometidos pela doença. A afirmativa foi feita na manhã desta segunda-feira (8), durante entrevista à Rádio Mega FM.

“Isso é uma verdade. A continuar o ritmo de crescimento da infecção no estado, a continuar as medidas não farmacológicas não sendo tão efetivamente implementadas pela população em geral, não estamos muito longe de ter um colapso na rede hospitalar, em especial nesse item que é o leito principal, o mais importante de todos que são os leitos de UTIs”, disse.

De acordo com o gestor, a ausência de leitos previamente pactuados com o Ministério da Saúde (MS) pela Prefeitura de Cuiabá, tem sido outro problema. Ele aponta que no Hospital São Benedito, definido para atender pessoas infectadas pela Covid-19, não existe leitos disponíveis.

“Temos aqui o caso especial em Cuiabá. Nenhum leito foi disponível no próprio Hospital São Benedito e isso preocupa porque se esses leitos não forem disponibilizados, essa taxa vai aumentar. Porque os leitos pactuados em Cuiabá, anunciados no plano de contingência e habilitados no Ministério da Saúde estão dentro desse contexto do quadro que calculamos a taxa de ocupação. Se não forem disponibilizados, nós vamos colapsar mais cedo do que o que se imagina”, alertou.

Gilbeto ainda reclamou dos leitos de UTI disponibilizados pelo governo federal, que ainda não são contabilizados, já que faltam os respiradores mecânicos, que são os principais equipamentos utilizados no tratamento de pacientes contaminados em estado grave. O secretário ainda ressaltou que a pandemia ainda não atingiu o pico no Brasil e alerta para dias mais tensos em território mato-grossense.

“Aqui em MT, o Ministério da Saúde disponibilizou 10 leitos de UTI, mas respirador não veio. Não recebemos do Ministério da Saúde nenhuma unidade de respirador que é o equipamento mais importante para leito UTI. A pandemia ainda não está no pico no país. Não dá para esconder que aqui em Mato Grosso ainda teremos dias difíceis. Em que pese há poucos dias tínhamos taxa ocupação baixa, estávamos em uma situação um pouco mais confortável em relação a outros estados, esse conforto não existe mais. Número de pessoas necessitando de uma unidade hospitalar é muito grande nesse momento e vai faltar leitos. Por isso ainda é menos doloroso, menos custoso, que a população atenda o apelo ficar em casa, evitar aglomeração, usar mascara. Muitas pessoas ainda banalizando, achando que não serão afetadas”, concluiu Gilberto.

No estado, o número de ocupação entre 28 de maio e 7 de junho, saltou de 15,2% para 45,6% o que demonstra um crescimento acelerado de contaminação.

No boletim epidemiológico da secretaria de Estado de Saúde (SES), divulgado neste domingo (7), mostra que das 246 UTIs disponíveis para Covid-19, 122 já estão ocupadas. O número de infectados já somam 4.033 e 113 óbitos. Desse total de contaminados, 2.437 cumprem iswolamento domiciliar. Já os leitos de enfermaria, 118 estão ocupados e 720 disponíveis para pacientes com coronavírus.

Fonte: Hipernotícias