Pela segunda vez este ano, o presidente da Assembleia, o deputado democrata Eduardo Botelho, chegou a sinalizar sobre a possibilidade de disputar as eleições municipais, na corrida pelo comando da Prefeitura de Cuiabá. Desta vez, nesta última quarta-feira (1), o parlamentar chegou mesmo a comunicar sua intenção ao governador Mauro Mendes(do mesmo partido).
Mendes já estaria iniciando tratativas internas, para organizar o DEM para as eleições municipais do Estado, e queria saber se Botelho desejaria disputar a prefeitura da capital ou de Várzea Grande, como a imprensa estaria há algum tempo anunciando.
A resposta de Botelho veio, contudo, com um viés político. Ao afirmar sua disposição de enfrentar as urnas, deixou claro que só concorreria, entretanto, se o prefeito emedebista Emanuel Pinheiro recuasse de uma eventual disputa pela reeleição.
Mesmo que para amigos do governador, Fábio Garcia, presidente da sigla e suplente de senador, seja o candidato ‘favorito’ de Mendes, o gestor estadual vem mostrando que apoiará, ‘de bom grado’ [expressão usada para se referir de forma agradável], a candidatura de Botelho.
Já pessoas mais próximas de Botelho apontam a amizade pessoal do presidente da Assembleia, com Emanuel, como barreira para assumir uma disputa, sem que antes Pinheiro recue da reeleição.
Informações de bastidores dão, inclusive, conta que no último final de semana, Botelho e Pinheiro teriam se reunido para tratar do assunto. Quando o democrata reiterou que gostaria de contar com o apoio de Emanuel na disputa, em caso, obviamente, de um recuo do prefeito.
Emanuel, por sua vez, teria pedido a Botelho mais prazo para decidir se disputará ou não a reeleição. Nos bastidores, a informação é que com a entrada de Botelho no tabuleiro político, o projeto de lançar o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (PTB), Emanuelzinho, em Várzea Grande poderá retornar à mesa de negociações.
Sem ‘correr da raia’
No início de de abril, no dia 12, Botelho sinalizou que poderia disputar a Prefeitura de Cuiabá, ao descartar colocar o seu nome na corrida eleitoral ao Senado, com a vaga deixada pela ex-parlamentar Selma Arruda (Podemos), que teve seu mandato cassado em dezembro do ano passado pelo Supremo Tribunal Eleitoral, por caixa 2 e abuso de poder econômico e ocupada, interinamente, por Carlos Fávaro (PSD) – também em abril, no dia 17 -, após decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo.
Já haviam rumores anteriores, de que Botelho poderia ser até mesmo o nome escolhido pelo democratas para disputar, igualmente, a Prefeitura de Várzea Grande, o que foi descartado pelo presidente da Assembleia. O que, entretanto, não fez ao ser citado como um bom nome para concorrer nas eleições deste ano, pelo comando do Palácio Alencastro, na capital.
Na época, o parlamentar asseverou que não estaria correndo atrás de eleições. Mas caso seu nome fosse colocado pelo partido, poderia não se furtar ao desafio e que estaria pronto. “Não é meu objetivo. Estou fazendo um bom trabalho na Assembleia Legislativa. Quero continuar ajudando Mato Grosso, principalmente neste momento de crise, neste momento de dificuldade. Este é o meu objetivo: ajudar o Governo do Estado realmente a atravessar este momento. Mas se meu nome for colocado pela partido estarei pronto”.
Fonte: O Bom da Notícia