Cuiabá obteve uma desaceleração de 10% na curva de contágio do novo coronavírus (Covid-19), num período de quase duas semanas, com as medidas restritivas de funcionamento do comércio e de isolamento social.
O percentual foi divulgado, na quinta-feira (16), pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), durante live nas redes sociais, quando anunciou a prorrogação para julho do pagamento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e do ISS e da proibição da negativação do nome de contribuintes inadimplentes por conta da pandemia provocada pela Covid-19.
Nesse mesmo dia, no entanto, foi confirmado o primeiro óbito na Capital, em decorrência da doença.
“Quando baixei o segundo decreto, no dia 3 de abril, a partir do dia 4 de abril, aprimoramos o monitoramento das ações definidas pela Prefeitura. No dia 4 de abril, no cômputo de casos registrados em Mato Grosso, Cuiabá representava 62% dos casos gerais confirmados no Estado. Hoje [ontem], ou seja, quase duas semanas depois da emissão do decreto, Cuiabá representa 52% dos casos confirmados. São 10% a menos de casos confirmados em termos de Mato Grosso. São quase 10% a menos de pessoas infectadas aqui na nossa Capital”, informou Pinheiro.
Até ontem pela manhã, Mato Grosso contabilizava 151 confirmações da doença. Do total, 79 na capital. No fim de tarde, o resultado apontava 156 casos no Estado e 83 da Capital
Para o prefeito, o dado é relevante e mostra a importância do isolamento.
“São medidas, às vezes duras, mas necessárias porque o importa e me motiva adotar essas medidas é proteger, preservar a saúde e a vida da população cuiabana”, afirma. “Estamos indo bem apesar de um certo relaxamento de uma faixa da população. Cuiabá está caminhando bem, está fazendo o dever de casa”, afirmou.
Dentro do contexto, o prefeito avalia que, quanto mais as pessoas cumprirem e respeitarem o isolamento social, mais cedo a Capital retornará à normalidade.
“Quanto mais a gente proteger os grupos de risco, fazer a higiene pessoal, lavando as mãos frequentemente com água e sabão, usando álcool gel, usando a máscara, protegendo a si mesmo e a sua família, ficando o máximo que puder em casa, quando mais gente puder fazer isso, mais rápido poderemos voltar, gradativamente, à normalidade”, disse.
Pinheiro lembrou que as ações seguem orientações técnicas e científicas da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS).
“Tem uma equipe técnica que discute, diariamente, as decisões a serem tomadas”, observou, destacando que o Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19 conta com técnicos da Secretaria Municipal Saúde, da Vigilância Sanitária e Epidemiológica e de representante da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), além do grupo criado para fiscalização unificada composto pela Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), Meio Ambiente, Assistencial Social, entre outras.
“É todo um contingente técnico que me dá suporte para que sejam tomadas medidas necessárias para proteger a saúde e a vida da população cuiabana para podermos sairmos dessa tempestade revigorados e com o menor impacto possível na vida da população”, destacou.
ISOLAMENTO – No decreto de número 7.868/2020, datado do último dia 4 mês, a Prefeitura decidiu pela prorrogação das medidas de isolamento social implantadas na capital como forma de enfrentamento ao novo coronavírus.
Com a medida, as aulas na rede ficam suspensas até dia 10 de maio de 2020, sendo que os alunos em situação de vulnerabilidade social continuarão recebendo o kit alimentação escolar. Já os alunos do irão receber as atividades educacionais na forma virtual (EAD).
Para o setor de comércio e serviços ficou determinado o fechamento até 21 de abril. A medida abrange shopping centers, restaurantes, bares, academias, feiras, igrejas, exposições entre outros.
O veto também se aplica aos vendedores ambulantes. Também continua vedada a realização de qualquer tipo de evento que possa resultar em aglomeração de pessoas. Estabelecimentos como supermercados, padarias, açougues, e lojas de conveniência podem continuar o funcionamento, mas o consumo dentro destes locais está vedado.
Já 30% da frota do transporte coletivo foram mantidos para atender trabalhadores de áreas consideradas essenciais, como os da saúde, e atendendo determinação judicial.
Fonte: Diário de Cuiabá