Após susto com incêndio, Realmat reabre as portas

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A noite de 5 de dezembro de 2020 não sai da cabeça de Daniela Conceição Silva. Ao chegar na Realmat, loja que ela e a família lutaram para construir, encontrou labaredas e o estabelecimento tomado pelo fogo. No último ano a família precisou se reerguer para poder retomar ao trabalho. Agora eles reabrem as portas e rezam por bastante trabalho para poder arcar com os compromissos financeiros.

Daniela é uma das diretoras da Realmat, junto com o esposo, Lauro Guilherme Alves do Nascimento Brito. Filha do fundador da empresa, ela cresceu em meio às prateleiras da loja, onde ainda na adolescência começou a trabalhar. Ao ver o lugar consumido pelas chamas, tirou forças na fé em Deus e no dia seguinte já estava lutando para reerguer o negócio do pai.

“Foi um incêndio de grandes proporções que ninguém imaginava. Quando nos ligaram para avisar do incêndio achamos até que era trote. Fomos pegos de ‘calças curtas’. Não tem sido fácil”, conta Daniela.

Quando o fogo tomou conta da loja, os funcionários avisaram uns aos outros e todos ficaram na calçada da 15 de novembro sem acreditar que o sustento das famílias estava destruído. No domingo após o incêndio, eles começaram a ligar para fornecedores e bancos, para tentar repor estoque e entregar as encomendas que já estavam pagas.

João Vieira

Realmat

“Contamos com a solidariedade de muita gente. Não imaginávamos a proporção que iria tomar. Conseguimos reabrir para não para de funcionar em um prédio na rua de trás, que era de um cliente nosso, mas que nos cedeu muito prontamente”, lembra Lauro, que se emociona ao falar da ajuda e do carinho que receberam até mesmo dos “concorrentes” localizados na 15 de novembro.

Durante um ano, eles batalharam para retomar as atividades. Dos mais de 100 mil itens, sobraram apenas 4 no estoque, na parte dos fundos da loja: cadernos, cola, TNT e EVA.

“Tivemos dias ruins e bons, mas sempre acreditando que o amanhã seria melhor. Esse período tem sido desafiador, porque a Realmat é a nossa vida, nossa família, é o que nos motiva ao levantar de manhã. Estamos reiniciando com a cara e a coragem, acreditando que 2022 será um ano melhor”, enfatiza Daniela.

Do incêndio, que começou por causa de um curto circuito Daniela tem um agradecimento: ninguém ficou ferido. “Esse é o melhor saldo, ninguém se machucou. Foi um sábado muito movimentado na loja e o incêndio aconteceu quando não havia ninguém. Deus cuidou de tudo, agora só queremos voltar a trabalhar”.

Fonte: Gazeta Digital