Após ‘liberar tudo’, Emanuel não permite volta às aulas: “Não posso ser irresponsável”

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O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) não autorizou a retomada das aulas em creches e unidades de ensino municipal e particulares de Cuiabá. O emedebista afirmou, em entrevista à rádio Jovem Pan, nesta quarta-feira (29), que não há previsão de volta às aulas presenciais e que ele não pode ser “irresponsável” e colocar vidas de crianças em risco. O gestor disse que a comunidade escolar envolve mais de 140 mil pessoas, o que é um forte propagador da contaminação, de forma que não há segurança para que os estudantes voltem para as escolas públicas e particulares durante a pandemia.

Do outro lado, empresários da rede privada de ensino fizeram carreata em Cuiabá como forma de pressionar o prefeito a liberar a abertura das unidades.

“Somada à rede pública e privada são 109 mil alunos, mais os colaboradores, que são cerca de 30 mil, temos aí um universo de 140 mil pessoas, quase um quarto da população cuiabana. São pessoas juntas na mesma sala de aula, se aglomerando. A estrutura das escolas não permite distanciamento. Sei que a iniciativa privada está numa situação dificílima. Todos estão. O que eu puder fazer para ajudar o setor eu vou fazer, mas não posso ser irresponsável com a saúde e a vida das nossas crianças, dos trabalhadores e da população em geral”, esclareceu o prefeito.

Além da presença em sala de aula, o gestor informou que com a liberação das aulas seriam mais 140 mil pessoas circulando no transporte público, nas ruas e não há segurança para tanto. “Por enquanto não dá”.

Pinheiro declarou ainda que tem discutido muito com o Comitê de Enfrentamento à Covid e com os representantes do setor privado para buscar alternativas seguras para retorno às aulas. “As aulas estão suspensas, mas o ensino e a aprendizagem não estão suspensos. Os professores são guerreiros, estão se desdobrando no ensino à distância para que os alunos não sejam prejudicados”.

Na entrevista, o prefeito informou que escolas estão sendo reformadas durante a ausência dos alunos, para que as unidades tenham melhor infraestrutura para receber os alunos.

Fonte: O Bom da Notícia