O primeiro caso de infecção pela sua variante JN 2.5 da covid-19 no Brasil foi confirmada em Mato Grosso neste sábado (20). O Laboratório Central da Secretaria de Estado de Saúde sequenciou e identificou a variação da Ômicron em quatro pacientes mulheres. Todas elas foram hospitalizadas. Uma das mulheres morreu.
Três pacientes receberam alta médica, estão estáveis e seguem em isolamento domiciliar sob acompanhamento da Vigilância Municipal. A quarta paciente tinha Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e evoluiu para óbito. No entanto, a equipe de Vigilância da SES ainda investiga o caso e não é possível afirmar que a causa da morte foi a covid-19.
“Não é necessário criar pânico, mas é preciso sempre estarmos em alerta aos sintomas gripais. Orientamos o uso de máscara em caso de gripe ou resfriado, além de lavar as mãos com sabão e/ou higienizar com álcool 70%. É importante também procurar a unidade de saúde mais próxima para que o médico defina a melhor condução do quadro. É imprescindível também a vacinação contra o coronavírus. Somente a imunização é eficaz na prevenção contra a doença”, ressalta a superintendente de Vigilância em Saúde, Alessandra Moraes.
A SES trabalha no monitoramento do vírus e na identificação da classificação de risco.
Além do Brasil, a subvariante também já foi identificada no Canadá, França, Polônia, Espanha, Estados Unidos, Suécia e Reino Unido.
A PESQUISA
Conforme relatório da pesquisa realizada pelo Lacen, foram selecionadas e sequenciadas 15 amostras positivas para Covid-19, nos municípios de Cuiabá (8) e Várzea Grande (7). Do total, quatro foram identificadas com a nova subvariante.
As demais apontam para as cepas JD.1.1, JD.1.1.1, GK.1.1, JN.1, JN.1.1 e JN.1.3, ou seja, 100% de variantes Ômicron.
Para a diretora do Lacen, Elaine Cristina de Oliveira, o sequenciamento do vírus é resultado do empenho da equipe em monitorar a saúde do Estado. “O sequenciamento mostra a capacidade que o Lacen tem para dar uma resposta rápida à população, visto que conseguimos identificar a entrada do vírus no Brasil. Agora vamos trabalhar o monitoramento dele”, destaca a gestora.
A partir das informações coletadas na pesquisa, a Vigilância em Saúde e o Lacen vão atuar para compreender o caminho percorrido para que a nova variante chegasse até Mato Grosso, bem como acompanhar as pessoas que foram acometidas pela doença e orientar sobre às medidas pertinentes a serem tomadas.