Além de Cuiabá e VG, crimes de morte cometidos por facções avançam para o interior

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As facções criminosas, além de já estarem enraizadas na Região Metropolitana da Capital, avançam em cidades pequenas de Mato Grosso, levando o medo em comunidades outrora pacatas e hoje se deparam com crimes de homicídio caracterizados como execuções e “queimas de arquivo” a mando de bandidos – a maioria jovens – que se intitulam como integrantes de bandos denominados como Comando Vermelho, entre outros.

Um desses crimes, praticados nessa modalidade, ocorreu na cidade de Alto Paraguai (218 km a Médio-Norte de Cuiabá), cuja população hoje enfrenta uma onda de criminalidade supostamente cometida por organização criminosa.

Em uma ocorrência, três bandidos encapuzados, membros da facção criminosa Comando Vermelho (CV), invadiram uma unidade de saúde e executaram um rival, o adolescente Richard Willian dos Santos, de 16 anos, com tiros na cabeça.

O crime, segundo a Polícia Militar, aconteceu na noite de quarta-feira (18) quando o menor estava acompanhando a namorada doente, quando os pistoleiros invadiram a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) e começaram a atirar.

Richard, segundo testemunhas, ainda tentou correr para escapar das balas, mas foi perseguido e levou, pelo menos, quatro tiros na cabeça.

PRISÕES – Três pessoas acusadas de participar da execução foram presas, na madrugada desta quinta-feira (19) – entre elas, a namorada do adolescente.

A mulher não teve o nome divulgado e foi levada por Richard Willian para ser medicada na unidade de Saúde.

Ela seria a “isca” para atrair o menor para ser executado.

Nas investigações, a Polícia recebeu inormações de que um dos chefes do Comando Vermelho na cidade seria o autor do homicídio.

Ele teria cometido crimes em Alto Paraguai no último dia 6 e no mês de outubro.

Os policiais foram até à casa do acusado e encontraram um revólver calibre 38 e uma pistola calibre Ponto-40, escondidos dentro de um armário e enrolados em uma camiseta de time.

O homem, que não teve o nome divulgado, confessou o crime e disse que os outros homens foram contatados por telefone e que não sabiam onde eles moram.

Além do chefe do CV, os policiais também prenderam o segurança da unidade de Saúde, pois ele trocava mensagens sobre o crime.

INVESTIGAÇÕES – A Polícia Civil fez a liberação do corpo e segue investigando o caso para descobrir os motivos do crime, mas não descarta uma “um acerto de contas” ou uma “queima de arquivo”.

A invasão e os tiros dentro da UPA causaram muito pânico e corre-corre entre funcionários, pessoas que estavam no local e os pacientes.

Fonte: Página Única