Abílio diz que é erro de Emanuel continuar brigando pelo VLT

Fonte:

O deputado federal Abílio Júnior (PL) disse nesta última segunda-feira(19), que é preciso começar a pensar em um plano de mobilidade urbana capaz de integrar, de fato, o BRT, a outros tipos de transportes e que, sobretudo, evitem gargalos ao trânsito de Cuiabá.

A declaração foi feita em entrevista ao Podcast Nada é Pessoal sob o comando de Antero Paes de Barros com a participação na bancada do professor e jornalista Pedro Pinto.

“Eu penso que nós deveríamos estar discutindo para o próximo ano a integração do transporte coletivo com o BRT que, definitivamente, é algo que vai acontecer em Cuiabá e pouco a gente está discutindo isto. Porque nós temos uma mudança no modal e, paralelamente, uma licitação de 30 anos no transporte público, com ônibus com portas altas e as plataformas do BRT são mais baixas. Assim, provavelmente, as estações de ônibus vão precisar de ser adaptadas. Porque o BRT ele vai acontecer e pronto já é uma decisão. Então a cidade precisa se organizar para estas mudanças e receber este novo modal”.

As obras da implantação do BRT já iniciaram na cidade de Várzea Grande, mas por conta da briga política envolvendo o prefeito da Capital Emanuel Pinheiro (MDB) que ainda defende o VLT e o governador Mauo Mendes(UB) que decidiu pelo BRT, as obras do novo modal não conseguem ser realizadas na capital. Abílio, claro, fez duras críticas à esta queda de braço do gestor do Alencastro, ao lembra-lo que a flexibilização poderia dar ao seu mandato uma solução para este problema.

“Isso é um erro, isso é um erro radical do Emanuel e da sua gestão. Há necessidade de articuladores para conversar com os dois lados, porque se ficar até o final do mandato lamentando porque perdeu uma discussão, é como se fosse eu lamentando até hoje porque eu perdi as eleições de 2020. Não vai mudar nada para a minha vida, nem para Cuiabá”.

E ao ser questionado sobre como modal ele acredita que será melhor para a capital, o parlamentar federal deixou bem claro que ele é a favor de que não se deixe este ‘rasgado no meio da cidade’. Ao reiterar que o governador já tomou e esta decisão pelo BRT teve o respaldo da Justiça. Assim, não há mais o que falar se Veículo Leve sobre Trilhos(VLT) ou Bus Rapid Transit (BRT).

Assim, o que é necessário neste momento – ainda segundo Brunini -, é construir o melhor planejamento para a integração do BRT e que, enfim, possa ser solucionado este problemas depois de tantos anos.

“Temos uma situação muito séria porque temos uma série de ônibus que foram comprados novos, com a porta voltada para um outro nível de estação. Além de um sistema de transporte que pode estrangular as vias públicas em trechos como, por exemplo, ali próximo do Morro da Luz. Há soluções que precisam ser dadas e que precisam ser planejadas para que não venha no afogadilho, com tomadas de decisões de urgência, podendo criar grandes gambiarras”.

Estão previstos para o novo modal a construção de 46 estações, de um terminal na região do Coxipó e outro no CPA, e a reconstrução do Terminal André Maggi, em Várzea Grande. Ainda serão construídas obras como um viaduto para passagem do BRT na rotatória das avenidas Fernando Corrêa da Costa e Beira Rio, de uma nova ponte sobre o Rio Coxipó, a criação de um parque linear na Avenida do CPA, a requalificação do Largo do Rosário e demais adequações no trânsito, para evitar o estrangulamento do trânsito.

Fonte: O Bom da Notícia