Jovem que matou Isabele é expulsa de faculdade de medicina em Campinas

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A adolescente que matou Isabele Guimarães Ramos com um tiro no rosto, em 2020, foi expulsa da Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas, onde cursava medicina. As informações são do O Globo.

De acordo com o veículo de comunicação, a medida aconteceu depois que colegas de turma acionaram a direção da instituição de ensino e informaram que a jovem esteve diretamente envolvida com o caso. Após as reclamações, a faculdade instaurou uma sindicância para apurar a situação.

Durante a investigação interna, a instituição constatou que a presença da jovem estaria tumultuando a comunidade acadêmica e poderia comprometer a reputação da instituição, além de, no entender da faculdade, não ser compatível com a prática da Medicina.

Nas primeiras semanas de aula, a jovem passou despercebida, mas uma outra aluna da instituição, de Cuiabá, revelou a identidade da autora dos disparos para o restante da comunidade acadêmica. A partir desse momento, a adolescente passou a ser excluída pelos colegas.

Em nota enviada ao O Globo, a faculdade São Leopoldo Mandic confirmou as denúncias e que a presença da jovem causava “instabilidade” no ambiente acadêmico.

“Em relação ao caso da aluna ingressante no curso de Medicina, a instituição tomou conhecimento do fato a partir de uma denúncia feita ao comitê de compliance. Foi feita uma apuração e constatado que a presença da aluna gerou um clima interno de grande instabilidade no ambiente acadêmico. Com base no Regimento Interno da Instituição e no Código de Ética do Estudante de Medicina, publicado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a faculdade São Leopoldo Mandic decidiu pelo desligamento da aluna, assegurando a ela a apresentação de recurso, em atendimento aos princípios do contraditório e ampla defesa”, traz trecho da nota.

Ao O Globo, o diretor de graduação da faculdade, Guilherme Succi, explicou que a decisão foi tomada para proteger a tranquilidade do ambiente acadêmico e a segurança de todos os envolvidos.

“Todas as ações baseiam-se em questões previstas nas normas internas da Instituição e também no Código de Ética do Estudante de Medicina”, disse.

Além disso, destacou que a instituição vai devolver os valores pagos pela estudante e que a decisão não se estende à irmã gêmea. A mensalidade na faculdade é uma das caras do país e custa em torno de R$ 13 mil. (HNT)