Castelo construído em Mato Grosso está à venda

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Os três andares do Castelo da Caixa Furada, do empresário Antônio Araújo, de 60 anos, às margens da BR-364, em Diamantino (200 km de Cuiabá), foram construídos como um presente dele para a neta Giovana Araújo, hoje com 12. Coberto por pedras, que Antônio se orgulha de dizer que buscou uma por uma, a obra tem oito suítes, três cozinhas, cinco salas e um salão para festas. No maior dos quartos, o empresário ainda pretende criar uma “cachoeira”. Uma sauna também está entre as intervenções que ele ainda planeja.

A obra começou em agosto de 2020 e custou mais de R$ 2 milhões. Uma sala de cinema também está entre os cômodos do castelo. O empresário conta que a neta é apaixonada pelo presente que ganhou do avô e ficou conhecida como “a menina do castelo” pelos colegas de escola. Para ele, “não há dinheiro que pague a felicidade” da neta.

Antônio conta que se mudou para Diamantino há 25 anos, em busca de um lugar mais tranquilo e melhores condições financeiras para criar os três filhos. No entanto, ele brinca que os herdeiros são como “pardais” e hoje em dia preferem a rotina na cidade.

“Se deixar, ela quer ir todo dia, ela fala na escola para os amiguinhos que ela é a ‘menina do castelo’ e todo mundo chama ela assim. Não tem dinheiro que pague essa felicidade, mas precisa ficar todo mundo feliz e gostar do que você fez. Gastei uma fortuna, mas sei que se morrer hoje ou amanhã é desmanchado, isso me deixa triste”.

Por isso, a venda do Castelo da Caixa Furada começou a se tornar uma certeza para o empresário. Com o dinheiro, ele pretende comprar um motorhome para “viver viajando”. “A neta é a única que gosta de ir no castelo, mas vamos ficar só nós naquele palácio enorme? Quero vender, quero comprar um motorhome e viver viajando, é o que quero fazer. Se tiver alguém querendo comprar vendo e dou comissão ainda para quem me ajudar”.

Quando comprou o terreno em que construiu o castelo, a neta tinha três anos e gostava de brincar com as pedras que encontrava na fazenda. Observar a menina brincando fez com que o avô prometesse que construiria para ela o Castelo da Caixa Furada.

“A turma tirou sarro: ‘por que essa fazenda cheia de pedra?’. E eu respondia que ia construir um castelo. Minha netinha brincava de construir castelos, ficava catando as pedras no chão e me mostrando, um dia falei que o vovô ia fazer um castelo só para ela”.

Inicialmente, a ideia do empresário era de morar no castelo, mas ele conta que o local se transformou em um palácio e se tornou muito grande para a família. “Fomos fazendo até chegar onde chegou. Quando fiz, era para eu morar, mas todo mundo quer ver, como você vai morar em um lugar que toda hora alguém pede para ver?”.

No entanto, Antônio não se incomoda que o presente que fez para a neta tenha se transformado em uma atração turística. No futuro, caso não consiga vender o imóvel, ele pretende construir uma portaria e criar um passeio pelo Castelo da Caixa Furada.

“Já que ficou bonito e o povo gostou, deixa o povo tirar foto. Não me incomodo, é difícil você gostar de um lugar e não poder tirar foto, já passei por isso em viagens com meus filhos pequenos. Depois pretendo cobrar para entrar, uns R$ 20 por pessoa”.

O castelo também está disponível para aniversários ou eventos privados, além de já ter sido usado como cenário para ensaios fotográficos de debutantes, por exemplo.

Fonte: Olhar Conceito