Religioso suspeito de abusos sexuais diz que ‘lobos estão tentando transformar tudo isso em circo’

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O líder religioso identificado como Luiz Antônio Rodrigo da Silva, de 49 anos, falou na tarde deste sábado (9), a respeito das acusações de abusar sexualmente de sete mulheres, dentre elas uma adolescente, em Cuiabá. Durante uma entrevista, ele diz que as relações que ele tinha com as vítimas eram consensuais e que acredita que as acusações sejam planejadas.

Luiz foi preso na terça-feira (5) e solto um dia depois. Conforme o depoimento das vítimas, no momento em que ficavam a sós com o religioso para o suposto atendimento espiritual, ele se aproveitava para praticar os abusos. Segundo elas, o investigado alegava que os atos eram praticados por um ‘espírito encarnado’. Ao ser questionado a respeito, Luiz Rodrigo nega e diz que o que aconteceu era na verdade um “trabalho sério”.

“Isso ocorreu porque eu comecei a fazer um limpa na casa (de umbanda), e fui retirando as pessoas. E quando as pessoas não querem sair, elas começam a criar esse tipo de situação”, e complementa dizendo que “Todas as acusações cairão por terra”.

“O que há, é uma alcateia de lobos tentando transformar tudo isso em um circo, me colocando como palhaço principal”, comenta.

Sobre a Casa não ser filiada à Federação Nacional de Umbanda e Culto Afro-brasileiro (FENUCAB), o religioso diz que a casa não é obrigada a se filiar a nenhuma organização, mas que seus advogados estão cuidando das burocracias e que continua a ser o dirigente do local.

Nesta sexta-feira (8), organizações religiosas se manifestaram contra o crime. A Federação Nacional de Umbanda e Culto Afro-brasileiro (FENUCAB), disse em nota que repudia todo e qualquer tipo de crime contra a pessoa humana e tem trabalhado para organizar e dar legalidade aos terreiros.

Entenda o caso

Investigado atraia vítimas por meio do aplicativo Tik Tok — Foto: Reprodução

Investigado atraia vítimas por meio do aplicativo Tik Tok — Foto: Reprodução

Luiz Antônio foi preso suspeito de abusar sexualmente de pelo menos sete mulheres, dentre elas uma adolescente. Segundo a Polícia Civil, o suspeito utilizava o Tik Tok para atrair as vítimas para uma tenda onde prometia amparo sexual.

De acordo com a delegada titular da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) da capital, Judá Marcondes, o suspeito produzia conteúdos no Tik Tok e divulgava o próprio trabalho como líder religioso na plataforma. Em seguida, o homem marcava encontros com as vítimas em um local onde afirmava manifestar sua religiosidade, informou Marcondes.

A delegada ainda relatou que, com a prisão do guia, acredita que novas vítimas devem aparecer.

Fonte: G1 MT