Faltando quatro meses para o fim de 2023, Mato Grosso já confirma 18 mortes por dengue neste ano, o mesmo número verificado em 2022. Outros nove óbitos em decorrência da doença ainda estão sendo analisados e dependem de confirmação.
O dado consta no mais recente boletim epidemiológico (12) divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Ses) e corresponde a 1º de janeiro até o dia 29 do mês corrente.
O cenário preocupa, pois apesar da dengue apresentar contaminação o ano todo, os picos de epidemia tendem a surgir, principalmente, durante o período chuvoso, o que é próprio do Estado, mas que favorece o crescimento do número de mosquitos, como o Aedes aegypti transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Os óbitos confirmados ocorreram em Barra do Garças (1), Canabrava do Norte (1), Colíder (1), Diamantino (1), Gaúcha do Norte (1), Guarantã do Norte (1), Juína (2), Marcelândia (1), Nova Santa Helena (1), Poxoreó (2), Primavera do Leste (2), Rondonópolis (2), Sapezal (1) e Sinop (1).
Já as mortes em investigação foram registradas em Campo Verde, Canabrava do Norte, Colniza, Cuiabá, General Carneiro, Nova Xavantina, Novo Horizonte do Norte, Primavera do Leste e Várzea Grande.
Ainda conforme o boletim, ao longo de praticamente oito meses, o Estado registrou 24.009 casos prováveis de dengue, o que representa uma incidência de 673 ocorrências a cada 100 mil habitantes.
Comparado a 2022, houve uma queda de 20,1% nos registros da arbovirose.
Contudo, o risco de transmissão em nível estadual é considerado alto, mesma classificação verificada em 81 dos 141 municípios mato-grossenses.
ZIKA E CHINKUNGUNYA – Quanto à zika e à chikungunya são 506 e 264 confirmações respectivamente, neste ano.
Em relação a estas duas arboviroses, o estado apresenta baixo risco de contaminação.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, essas doenças são de notificação compulsória e todos os casos suspeitos de dengue devem ser notificados e investigados, sendo as notificações de dengue com sinais de alarme, grave e óbitos comunicados imediatamente ao órgão estadual e à Vigilância Epidemiológica (VE) em até 24 horas, para acompanhamento e auxílio na conduta e conclusão dos casos.
Par prevenir, a principal recomendação das autoridades públicas é evitar e eliminar os depósitos com água parada para que não haja proliferação do Aedes aegypti.
Mesmo assim, os principais criadouros do mosquito ainda são encontrados nos quintais das residências, em baldes sem tampa, vasilhas, pratos de plantas e caixas d’água destampadas.
E, mesmo no período de estiagem, as ações não devem parar.
As autoridades públicas em vigilância em saúde e epidemiológica orientam que é importante que cada um reserve alguns minutos durante a semana para fazer uma inspeção no seu imóvel, principalmente, no quintal e eliminar os criadouros.
A dengue se manifesta por meio de febre e sintomas como mal-estar, dores no corpo e atrás dos olhos.
Aos primeiros sinais, a pessoa deve procurar imediatamente uma unidade de saúde mais próxima para o diagnóstico médico e para receber orientação, tratamento e acompanhamento.
O diagnóstico e tratamento precoce ajudam a evitar que a doença se agrave e possa provocar a morte.
Fonte: Diário de Cuiabá