O ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, 49 anos, acusado de matar a advogada Cristiane Castrillon, 48 anos, alegou ter esquizofrenia e pediu à Justiça de Mato Grosso para que sua prisão fosse convertida em internação em hospital psiquiátrico. O pedido, no entanto, foi negado.
O ex-PM foi preso em flagrante na noite de domingo (13), na sua casa, acusado de espancar e asfixiar a advogada até a morte. O corpo dela foi encontrado naquele dia dentro de seu carro, no Parque das Águas, em Cuiabá.
O argumento do ex-PM foi usado por sua defesa durante a audiência de custódia realizada no fim da tarde de segunda-feira (14), presidida pela juíza Suzana Guimarães Ribeiro, da 6ª Vara Criminal de Cuiabá.
O argumento, no entanto, não convenceu a magistrada, que converteu a prisão em flagrante a preventiva (quando não há prazo para terminar).
Segundo a juíza, um atestado médico foi anexado nos autos da prisão em flagrante em que consta da “aptidão física e mental” de Almir. O exame foi realizado no dia 30 de junho deste ano.
“No que tange ao pedido de internação formulado pela defesa, entendo necessário destacar que, além da gravidade do delito e as narrativas do boletim de ocorrência, consta dos autos atestado médico no qual se observa que recentemente em data de 30/06/2023 foi atestada a aptidão física e mental do autuado para realização de suas atividades laborais, razão pela qual entendo pelo indeferimento do pedido”, determinou.
A magistrada ainda apontou para a “gravidade” do crime, tratado como feminicídio pela Polícia Civil, que Almir cometeu.
“A conduta se reveste de gravidade concreta a justificar a segregação cautelar como forma de assegurar a ordem pública”, disse.
Após a audiência de custódia, Almir foi encaminhado para a Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães (a 72km de Cuiabá).
O caso
Após matar Cristiane, Almir a colocou no carro dela, um Jeep Renegade, e a deixou no estacionamento do Parque das Águas, em Cuiabá, e fugiu.
Segundo a Polícia Civil, Cristiane tinha várias lesões aparentes por espancamento e foi morta por asfixia. Almir e a vítima haviam se conhecido no dia do crime e ele foi autuado por feminicídio.
“Foi um crime bárbaro que ficou caracterizado pelo feminicídio praticado em razão do gênero da vítima, sendo a vítima espancada e asfixiada até a morte pelo fato de ser mulher”, explicou o delegado Marcel de Oliveira, que atua no caso.
Fonte: Midianews