Assembleia exonera garçonete suspeita de comandar o CV

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Uma garçonete da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), conhecida como “Dona Vânia”, é apontada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), como uma das líderes do esquema de cooptação de policiais penais para a entrada e permanência de aparelhos celulares em presídios.

Após a revelação do caso, a ALMT pediu a substituição da funcionária. “Dona Vânia”, ainda segundo investigação do Gaeco, é uma das cabeças de uma facção criminosa que atua em Mato Grosso. Ainda segundo as investigações, o objetivo da organização também era se expandir em Mato Grosso do Sul. Vânia foi presa durante a operação Bloodworm, deflagrada no dia 5 de maio, para cumprir 92 mandados de prisão. Desse total, 14 ordens judiciais foram cumpridas em Mato Grosso do Sul.

OPERAÇÃO BLOODWORM

Apontada como uma das principais líderes da organização criminosa no Centro-Oeste e encarregada de estruturar o Comando Vermelho em Mato Grosso do Sul, Vânia Cristina Ribeiro de Moraes trabalha como garçonete na Assembleia Legislativa do Mato Grosso. A informação consta do pedido de prisão preventiva feito pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Dona Vânia, como é conhecida, foi um dos 92 alvos da Operação Bloodworm, deflagrada pelo Ministério Público Estadual no dia 5 deste mês em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e Rio de Janeiro.

De olho no potencial do mercado de drogas e armas de fogo, Comando Vermelho decidiu, no dia 29 de dezembro de 2021, instalar-se em Mato Grosso do Sul e disputar espaço com o PCC (Primeiro Comando da Capital). A primeira surgiu em 1979 no Instituto Penal Cândido Mendes, o Caldeirão do Diabo, na Ilha Grande (RJ). A segunda surgiu nos anos 90 nos presídios de São Paulo. De acordo com a investigação, o Comando Vermelho está bem
estruturado nos estados do Mato Grosso e Tocantins e no Distrito Federal.

A partir da apreensão de quatro celulares, entre outubro e dezembro de 2021, no Presídio de Segurança Máxima da Gameleira, considerado até então um dos raros presídios no País em que a circulação de telefones era comum entre os presos, o Gaeco descobriu que o grupo tinha decidido se instalar definitivamente em MS. A primeira medida foi a criação do Conselho CV MS PY – Trem Bala, formado por 13 integrantes. O primeiro presidente foi o carioca Roberto Ricardo de Freitas Júnior, o Betinho, o O1. O vice-presidente seria Devair Pereira de Castro, o Coqueirinho, transferido do Mato Grosso para a Gameleira.

Fonte: Folhamax