Suspeito de matar onças vai responder apenas por maus-tratos a cachorros usados na caça

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João de Deus da Silva, preso na sexta-feira (31) por maus-tratos a quatro cachorros da raça Americano não responde ainda pela morte das três onças-pintadas que foram decapitadas em vídeo que circula nas redes sociais. Ele foi solto neste domingo (02), por decisão do juiz Cláudio Deodato, da 4º Vara de Cáceres, após passar por audiência de custódia.

A suspeita dos investigadores é que os cachorros, que foram vítimas de maus-tratos, sejam os mesmos que aparecem no vídeo com os cadáveres dos felinos. Durante depoimento à Polícia Civil, João de Deus negou que tenha pratica o crime.

Segundo o boletim de ocorrência da prisão, ele teria sido contratado por fazendeiros da região e receberia R$ 5 mil por cada onça morta, conforme denúncia enviada à polícia. Se comprovada a sua participação, ele pode ser indiciado por caça ilegal de animais silvestres.

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), realizou nesse domingo a Operação “Março Negro”, que cumpriu quatro mandados de busca e apreensão nas zonas rurais de Várzea Grande e Cáceres, no âmbito da investigação que apura os responsáveis pelo crime. Aparelhos celulares foram apreendidos e encaminhados para perícia.

Conforme a delegada Liliane Murata esse tipo de crime contra as onças-pintadas tem que acabar, porque se trata de uma espécie considerada patrimônio da fauna mato-grossense e ameaçada de extinção.

“Atualmente existem muitas ONGs dedicadas à preservação das onças-pintadas e que apoiam o cuidado e a preservação desses animais em parceria com a sociedade. Logo não há necessidade de caça e matança do animal”, destacou Liliane Murata.

Fonte: Repórter MT