Suspeita de participar da morte de jovem é presa em boate de Goiás

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Polícias Civis de Mato Grosso e Goiás prenderam, na segunda-feira (6), uma mulher de 19 anos, suspeita de envolvimento na morte e ocultação de cádaver do jovem Ronas Ariel Chaves Lucas, de 26 anos, em outubro de 2022, em Marcelândia (710 km ao norte de Cuiabá). Agora, a polícia procura ainda por outros dois suspeitos. Ronas foi morto após ter sido associado a uma facção rival do Comando Vermelho.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, a investigada foi presa em Iporá, no interior de Goiás. Ela foi flagrada em uma boate da cidade. Assim que os investigadores tiveram informações sobre o paradeiro dela, entraram em contato com a polícia de Goiás, que conseguiu cumprir a prisão preventiva dela.

Agora, a polícia aguarda definição da Justiça para ela ser trazida para Mato Grosso. Os outros dois investigados estão com as prisões preventivas também decretadas e são procurados.

Caso

De acordo com as informações divulgadas pelo Gazeta Digital, padrasto da vítima informou que ele saiu na noite de segunda-feira, 24 de outubro e que não tinha retornado para casa. Nas primeiras horas de terça-feira (25), o carro da vítima foi localizado abandonado perto de um barranco.

A chave estava caída na rua. Polícia começou a diligência em busca de Ronas. Enquanto isso, uma denúncia narrava que a vítima foi vista pela última vez no campo Nilton Soares, onde teria sido abordado por dois homens e uma mulher.

Sequestrado, foi levado de lá dentro do próprio carro. Na sequência, uma das suspeitas foi identificada. Quando a PM chegou na casa dela, a mãe informou que ela havia saído com o namorado. Mas, em buscas, a polícia chegou à casa onde a suspeita estava com mais 2 mulheres. Durante a abordagem, ela contou sobre o crime.

Roupas queimadas

A primeira narrou que o namorado chegou de madrugada sujo de sangue junto com o amigo. Eles contaram que tinham matado um homem com golpes de pedrada. Em seguida, foram tomar banho e pediram para ela queimar as roupas que eles estavam usando.

A mulher afirmou que se negou, mas que eles foram lá e atearam fogo nas roupas. Ela ainda mostrou o local onde as peças foram queimadas. Enquanto eles se preparavam para fugir, um táxi aguardava do lado de fora da casa. Eles correram levando uma mochila.

Já a outra mulher confirmou que segurou uma arma de fogo no momento em que foi vista com a dupla e a vítima ainda no campo. Disse ainda que devolveu a arma e não sabe o que aconteceu depois. Aos policiais, ressaltou que não sabia do paradeiro do corpo da vítima. No local, a polícia encontrou porções de drogas. As 3 foram levadas para a delegacia.

Corpo encontrado

Durante a tarde de quarta, buscas foram realizadas em alguns pontos da cidade. O corpo da vítima foi encontrado, em estágio de decomposição, aos fundos do cemitério da cidade, cerca de 30 metros de mata.

Vítima tinha sinais de espancamento, lesões por todo o corpo, perfurações e a face deformada. Conforme divulgado pela polícia, uma das presas filmou o crime. Ronas teria sido torturado e depois morto.

A motivação ainda é investigada, mas uma das mulheres afirmou que seria pelo fato da vítima ser da facção rival da qual elas e os namorados eram batizadas. Ronas não tinha passagens criminais. Caso é investigado.

Fonte: Gazeta Digital