Juiz nega soltar ‘gerente’ de facção preso em megaoperação em MT

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A Justiça negou revogar a prisão de Lauro Alves Machado, acusado de exercer a função de “gerente” da facção criminosa Comando Vermelho no interior do Estado.

Ele foi preso durante uma megaoperação desencadeada pela Polícia Civil em fevereiro do ano passado contra os supostos líderes da organização criminosa. Entre eles, Sandro da Silva Rabelo, o “Sandro Louco”, Jonas Souza Gonçalves Junior, conhecido como “Batman”, e Renildo Silva Rios, também chamado de “Negão”.

A decisão é assinada pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e foi publicada na sexta-feira (20).

De acordo com a investigação, Lauro era responsável por receber e distribuir drogas às bocas de fumo mantidas nos municípios de Nova Brasilândia e Planalto da Serra, e, ainda, por recolher e prestar contas ao “dono” da quebrada, o “Batman”.

Na decisão, o juiz afirmou que a manutenção da prisão do acusado se faz necessária para garantia da ordem pública.

“Em reforço, faz-se imperioso salientar que não sobrevieram aos autos quaisquer mudanças fático-jurídicas que ensejassem a alteração do entendimento deste juízo quando da decretação da prisão, de modo que os fundamentos desta seguem vigendo”, escreveu.

Megaoperação em MT

A Operação PC Impacto cumpriu 104 ordens judiciais contra a organização criminosa.

Ao todo foram 25 mandados de prisão preventiva e 79 de busca e apreensão domiciliar, cumpridas simultaneamente em 22 municípios do Estado.

As investigações que resultaram na operação iniciaram em 2019 com êxito na identificação de lideranças e demais integrantes da organização criminosa, seus vínculos e ganhos financeiros obtidos durante o período dos trabalhos investigativos.

Os mandados são cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Colíder, Sinop, Alta Floresta, Nova Monte Verde, Peixoto de Azevedo, Planalto da Serra, Campo Verde, Primavera do Leste, Guarantã do Norte, Itaúba, Sorriso, Matupá, Terra Nova do Norte, Paranaíta, Campo Novo dos Parecis, Vera, Cláudia, Nova Santa Helena, Cáceres e Rondonópolis, com emprego de mais de 350 policiais civis.

Fonte: Midianews