À exemplo de outras siglas, o Partido dos Trabalhadores, em Mato Grosso, tem se movimentando em busca de um nome para concorrer ao governo do Estado no próximo ano. Sem candidato na última eleição, a legenda quer apostar no nome de uma mulher para disputar contra o atual gestor, Mauro Mendes (DEM).
“Temos nomes de muita qualidade e precisamos de uma candidatura nova, de uma mulher […] Ela tem condições de simbolizar um projeto do PT em Mato Grosso”, disse o deputado estadual Lúdio Cabral, ao Resumo do Dia, da TV Brasil Oeste, que defende o nome da vereadora em Sinop, professora Graciele Marques dos Santos.
No berço do agronegócio e intitulada “capital bolsonarista do Nortão”, a parlamentar recebeu ameaças de morte, ofensas e represálias de várias formas por ter assinado uma ação para abertura de uma campanha anti-bolsonaro.
O protesto contra atos do governo Jair Bolsonaro (sem partido) consistiu na colocação de 10 outdoors pela cidade com críticas à gestão do presidente. A reação dos apoiadores foi imediata, chegando a atos de vandalismo como retirada de alguns dos outdoors com motosserra e ameaças à empresa MT Painéis (responsável pela locação dos espaços).
Outro nome forte do PT que tem ventilado nos bastidores da esquerda é o da deputada federal Rosa Neide. Que, contudo, tem deixado claro que buscará, ano que vem, a reeleição na Câmara Federal.
A parlamentar disse estar à disposição do partido, mas já teria oficializado à sigla, sua disposição de voltar ao Congresso Nacional. De acordo com ela, nos próximos meses a direção estadual da legenda deve se reunir com o candidato a presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e então tomar uma decisão de como deve ser a campanha no Estado.
“Eu sou muito fiel às orientações do partido. Neste momento meu nome é para ser candidata à reeleição, mas o PT tem uma orientação nacional e eu respeito muito isso, mesmo que tenha me posicionado com relação a buscar novamente uma vaga na Câmara Federal.”, disse a parlamentar.
Ressaltando, porém, a necessidade de massificar candidaturas femininas, que é uma de suas principais bandeiras.
“Só tem eu de mulher do Estado na Câmara Federal, precisamos de mais e quero incentivar outras mulheres, é minha bandeira. No Congresso são 11 vagas de Mato Grosso e apenas uma mulher, na Assembleia Legislativa são 24 e apenas uma mulher, na Câmara de Cuiabá são 15 vagas e duas mulheres eleitas. As mulheres são 52% da população e precisa ampliar essa participação. Essa é uma responsabilidade política e pessoal minha de fazer um trabalho com lideranças de mulheres”, encerrou.
Fonte: O Bom da Notícia