Defesa pede que assessor de Emanuel fique em prisão domiciliar

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A defesa de Antônio Monreal Neto, chefe de gabinete do prefeito afastado Emanuel Pinheiro (MDB), pediu à Justiça a conversão de sua prisão temporária  em domiciliar.

Monreal foi preso nesta terça-feira (19) na Operação Capistrum, que apura ilícitos na Secretaria Municipal de Saúde da Capital.

O pedido será analisado pelo desembargador Marcos Machado, do Tribunal de Justiça.

No pedido, o advogado Francisco Faiad afirma que o chefe de gabinete é advogado e pela lei deve cumprir a prisão em uma sala de estado maior, que não existe em Mato Grosso.

Ressaltou que no mandado de prisão proferido pelo desembargador Luiz Ferreira da Silva há menção de que ele deve “permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais presos”.

“O Centro de Custódia da Capital não tem capacidade para manter o custodiado de maneira que fique separado dos demais presos, uma vez que não possui ambiente suficiente. Logo, forçoso concluir que a prisão domiciliar é medida que se impõe”, diz trecho do pedido.

“Diante do exposto, ratifica o pedido feito na audiência de custódia, qual seja, o deferimento de prisão domiciliar ao custodiado Sr. Antônio Monreal Neto, como medida da mais lidima justiça”, acrescenta o documento.

Operação Capistrum

A operação também resultou no afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro do cargo e da secretária-adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos, Ivone de Souza.

Também foram alvos a primeira-dama Márcia Pinheiro e o ex-coordenador de Gestão de Pessoas da Secretaria Municipal de Saúde, Ricardo Aparecido Ribeiro.

A Capistrum apura a existência de uma organização criminosa montada para acomodar indicações de políticos em cargos da Secretaria da Saúde.

Segundo a denúncia, Emanuel fez mais de 3.500 contratações temporárias só na secretaria, a maioria ilegais, com pagamentos de “prêmio saúde” para acomodar e atender compromissos de aliados políticos, principalmente vereadores.

Há ainda a suspeita de contratações “fantasmas”. O esquema apurado causou, segundo as investigações, prejuízo de R$ 16 milhões aos cofres de Cuiabá.

Todos foram alvos de mandados de busca e apreensão e também tiveram o sequestro de bens decretado até o montante de R$ 16 milhões.

Fonte: Midianews