PF prende empresários em operação contra tráfico de drogas em MT

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Dois grandes empresários foram presos, na manhã desta terça-feira (6), em áreas nobres de Cuiabá, durante a Operação Conexão Pantaneira. Um dos presos, segundo a PF, é Igor Chaves Jorge, filho de um fazendeiro de Mato Grosso.

Ele foi preso no apartamento dele, no Edifício Villaggio Bonifácia, no bairro Santa Marta, em Cuiabá. O outro preso é o empresário Marcos da Silva Scaranaro, ex-dono de uma empresa de picolés mexicanos, também alvo da operação. Ele é apontado como sócio de Igor Jorge.

Marcos da Silva foi preso no Condomínio Chapada Diamantina, no bairro Dom Aquino, também em Cuiabá.

A  “Operação Overload/Conexão Pantaneira” está desmantelando uma poderosa organização criminosa à frente  de um esquema nacional e internacional de tráfico internacional de drogas, que passava com facilidade pelo Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).

As investigações da PF mostram que Igor vinha ostentando em viagens internacionais e restaurantes de luxo, nas redes sociais.

Após a operação de hoje, o acusado e seus familiares apagaram as contas nas redes sociais.

AS INVESTIGAÇÕES – A Operação Overload, deflagrada em Campinas, iniciou as investigações após apreensão de 58 quilos de cocaína, na área restrita de segurança do terminal aeroportuário em fevereiro de 2019.

A quadrilha está envolvida com o tráfico de cocaína exportada para a Europa.

No total, são 79 mandados, sendo 44 de busca e apreensão e 35 de prisão temporária.

Além de São Paulo e Mato Grosso, os agentes estão no Amazonas e no Rio Grande do Norte.

A quadrilha é composta por brasileiros, que são fornecedores da cocaína e financiadores do esquema.

Também foram identificados os responsáveis pelo aliciamento de funcionários do aeroporto, que são empregados e ex-empregados de empresas que prestam serviços na área restrita de segurança do Viracopos.

Entre os funcionários, estão vigilantes, operadores de tratores, coordenadores de tráfego, motoristas de viaturas, auxiliares de rampa, operadores de equipamentos e funcionários de empresas de refeição, além de tripulantes e passageiros.

Um policial civil e outro militar estão entre os membros da quadrilha.

BLOQUEIO DE BENS – Foi determinado ainda o bloqueio de bens e apreensão de imóveis, carros, contas bancárias e empresas.

Desde que as investigações começaram, já foram apreendidos 250 quilos de cocaína pertencentes ao grupo.

Fonte: Diário de Cuiabá