O bispo prelado emérito de São Félix do Araguaia Dom Pedro Casaldáliga, 92 anos, está internado em um hospital de São Félix do Araguaia (1.149 Km de Cuiabá) com problemas respiratórios agravados em decorrência do mal de Parkinson e também da idade.
Uma nota divulgada nas redes sociais emitidas por amigos do bispo informa que seu estado de saúde teve uma piora e que a transferência dele seria inviável porque o religioso não aguentaria a viagem.
“A vocês, todas e todos que têm a Prelazia de São Félix no coração e que, tem um carinho especial por nosso bispo emérito, Dom Pedro Casaldáliga, informamos que o estado de saúde dele não é bom e sofreu piora nas últimas horas. Houve o planejamento e preparação da remoção dele para um centro maior e de mais recursos, mas os médicos de São Félix do Araguaia informaram, hoje de manhã, que ele não teria condições de suportar a viagem. Então, ficamos em sintonia e oração, aguardando mais informações”, diz a nota.
Respeitado internacionalmente
Casaldáliga foi nomeado administrador apostólico da prelazia de São Félix do Araguaia em 27 de abril de 1970. O Papa Paulo VI o nomeou bispo prelado de São Félix do Araguaia em agosto de 1971.
Ele, que é espanhol, chegou ao Brasil com 40 anos e só então começou a construir uma história em defesa dos sem-terra, quilombolas e indígenas, após se firmar na região de São Félix. O bispo tem renome internacional devido à sua luta pelos grupos minoritários e apoio aos pobres.
Carta contra governo
Dom Pedro Casaldáliga e outros três bispos de Mato Grosso assinaram, na semana passada, junto com um grupo de 152 arcebispos e bispos da Igreja Católica, uma carta com duras críticas ao presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido).
No documento, também subscrito por Dom Adriano Ciocca Vasino, bispo prelado de São Félix do Araguaia; Dom Neri José Tondello, bispo de Juína; e Dom Protógenes Luft, bispo de Barra do Garças, os religiosos citam que o governo federal demonstra “omissão, apatia e rechaço pelos mais pobres”, além de “incapacidade para enfrentar crises”, como, por exemplo, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Fonte: RD News