Secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, endureceu o discurso para quem fura quarentena. O secretário lamenta ao O Bom da Notícia a postura de muitos mato-gorssenses. Por inúmeras vezes desde quando começou o crescimento de infectados em Mato Grosso pede que a população se proteja e ajude a diminuir os casos de Covid-19, ficando em casa.
“Quando a gente era o última na lista de infectados, o povo falava que estava em situação confortável e por isso relaxou tudo. Abriu comércio, foi pro bar, fez festa e agora estamos sem leitos. A culpa é da população. Quem não ficar em casa, vai ter dificuldade em ter respirador para tratar dele se ele precisar. A nossa subida dos números é culpa do relaxamento. Dos churrasquinhos, das festas. Quem faz clandestino está errado. Na hora que precisar do respirador e da UTI não vai pra hospital clandestino […] O relaxamento é total. O comportamento da população é responsável pelo crescimento dos casos. Tem gente acreditando que estava tudo tranquilo, estava confortável. Pergunte para quem perdeu um ente querido. Pergunte se está tranquilo. Está difícil até pra dormir, porque uma parcela substancial da população acha que isso não vai afetar ele”, concluiu.
Segundo Gilberto quem for hospitalizado será tratado com o medicamento receitado pelo médico profissional que faz o atendimento.
“Tem muita fake news por ai. Muita gente dizendo que não tem remédio. Tem sim. Há falta de remédio no Brasil e no mundo, mas o nosso estoque está tranquilo. O que o médico receitar o paciente será medicado e tratado”, finalizou.
Fake News
Uma mensagem que circula nas redes sociais dizendo que o secretário de saúde anuncia o pico da doença é falsa. A mensagem diz que “a partir de amanhã teremos, no mínimo 30 dias difíceis, de muita dor, de muitas perdas e só temos um remédio para tentar diminuir tudo isso – realizando de forma séria e muito cuidadosa o isolamento social. Portanto, conversem com os amigos, familiares, com os jovens, etc”. O secretário Gilberto Figueiredo desconhece a postagem.
O Pico
Estudo do departamento de Geografia e Matemática da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aponta que Mato Grosso terá registrado mais de 300 mil casos de coronavírus até o dia 3 de setembro, quando atingirá o número máximo de infectados, após 163 dias da confirmação do primeiro caso.
“Após atingir o pico, deve-se atentar que a curva epidemiológica decresce, contudo, a desaceleração se dá lentamente, ou seja, a disseminação do vírus permanece, mas o número de infectados se espalha ao longo do tempo até cessar o número casos”, diz trecho do estudo.
No dia 30 de maio, foram registrados 2.373 casos confirmados de coronavírus no estado. Foi observado aumento de 1.038 casos até esse dia, que representa a 22ª semana epidemiológica. Ainda nesta data, 56 pessoas morreram em decorrência da doença e haviam 147 indivíduos hospitalizados, além de 51,7% leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) ocupados.
Fonte: O Bom da Noticia