Um erro de prescrição médica resultou na morte de um menino de dois anos em um hospital da Flórida, nos Estados Unidos. O caso, ocorrido em março de 2024, voltou ao centro do debate público depois que os pais da criança ingressaram com uma ação judicial alegando falhas graves no atendimento e na administração hospitalar.
De acordo com os documentos apresentados à Justiça, a criança havia sido transferida para uma unidade especializada após ser diagnosticada com uma infecção viral associada a hipocalemia, condição caracterizada por baixos níveis de potássio no organismo. O tratamento exigia suplementação controlada da substância, mas uma falha na transcrição da dosagem teria sido determinante para o desfecho trágico.
O processo relata que a dose correta de 1,5 mmol de potássio acabou sendo registrada como 15 mmol devido à ausência de uma vírgula no sistema médico. A quantidade, dez vezes maior que a recomendada, teria sido aplicada duas vezes ao dia. Embora o médico responsável tenha iniciado o tratamento com a dosagem adequada, a informação inserida no sistema hospitalar não teria sido revisada por outros profissionais da equipe.
A família acusa o hospital de negligência e aponta que o erro poderia ter sido evitado com protocolos básicos de checagem. O caso levanta discussões sobre segurança médica, responsabilidade profissional e os riscos de falhas em sistemas digitais de prescrição.
As investigações continuam, e o hospital ainda não se pronunciou oficialmente sobre o processo. (Folha do Estado)
