Governo de MT exonera delegado envolvido em escândalo sexual

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O governador Mauro Mendes (União) exonerou nesta sexta-feira (14) o delegado de Polícia Civil Eric Marcio Fantin, que esteve no centro de um escândalo sexual no ano passado. A decisão do processo administrativo foi publicada no Diário Oficial do Estado. Como estava em estágio probatório, o delegado não tinha estabilidade no cargo.

“Amparado nos fundamentos lançados no relatório final da Comissão Permanente de Avaliação de Estágio Probatório, ratificados pela Exma. Delegada-Geral e pelo Exmo. Secretário de Estado de Segurança Pública, [resolve] exonerar o servidor Eric Marcio Fantin, delegado de Polícia”, consta no documento.

O despacho do governador não detalha o motivo da exoneração.

Mas em 17 de outubro do ano passado a Corregedoria da Polícia Civil havia aberto um procedimento administrativo contra o delegado por suspeita de não ter cumprido normas e regulamentos do Estatuto da Polícia Civil, do Regimento Interno e outras normatizações. Ele teria ainda infringido a lei que trata do zelo da função policial e respeito aos direitos da dignidade da pessoa humana e por não proceder na vida pública e particular de modo a dignificar a função de policial civil.

Fantin ganhou notoriedade nacional depois que vídeos íntimos seus vazaram durante o período eleitoral de 2024, quando foi candidato a prefeito de Brasnorte pelo PL. Em um deles, foi filmado fazendo sexo com uma garota de programa. Em outro, aparece trocando mensagens picantes com uma mulher.

Ele chegou a negar a veracidade dos vídeos, mas depois admitiu que eram verdadeiros. Na ocasião, sua vice Tereza Seibt (PP) acabou desistindo da candidatura. Fantin disputou o pleito, mas não conseguiu se eleger, perdendo para Edelo Ferrari (União).

Outra polêmica envolvendo Fantin foi um suposto atentando a sua casa em Juara, onde mora, em julho do ano passado. Na época ele afirmou que os tiros eram uma forma de intimidação para que ele desistisse da pretensão de ser prefeito de Brasnorte. O Ministério Público Estadual, no entanto, arquivou a investigação, alegando que não havia provas das ameaças.

Fonte: Midianews