A Escola de Samba Payaguás apresenta nesta quinta-feira (13), a rainha de bateria Natasha Lopes, primeira mulher trans a ocupar o posto em Cuiabá. A coroação será às 19h, na Praça da Mandioca, área central da capital, e promete ser uma linda festa.
Em suas redes sociais, Natasha se apresenta como moradora do bairro Pedra 90 e diz estar muito feliz e agradecida pelo convite feito pela escola de samba. “A primeira trans a ser rainha da bateria em Cuiabá. É uma grande responsabilidade e vou dar o meu melhor. Sou só gratidão a todos da escola”, destaca ela em uma publicação na sua página do Instagram.
Natasha destaca ainda que depois dela virão outras referências. “Depois de mim virão várias. Vou mostrar muito samba no pé, simpatia e disposição”, conclui.
ESCOLA DE SAMBA PAYAGUAS
Foi criada em dezembro de 2020 no bairro Alvorada e irá desfilar pela primeira vez de forma competitiva no dia 22 de fevereiro. O samba enredo deste ano “Nos Caminhos da Purificação” é uma celebração da tradição e religiosidade do povo brasileiro.
O samba enredo retrata os nove dias de celebração da Festa de Purificação, que começa em um domingo, em Santo Amaro, passando pela casa de Dona Canô – mãe de Caetano Veloso e Maria Bethânia – e termina no dia 2 de fevereiro, dia de Iemanjá.
VEJA SAMBA ENREDO
“Alvorada anuncia um novo dia
A caminhada à casa de dona Canô
Novenas, Guias e Terços na mão
Água de cheiro e quartinhas
Nos caminhos da purificação
Exú peço licença e sua proteção
Palmas pra Ossain vou ofertar
Oh Mãe…nesse cortejo te ofereço
Ladainhas e orações
Nossa senhora Venha nos abençoar
Na igrejinha do Bonfim
Vou lavar a escadaria
Em devoção ao Cordeiro salvador
Vamos cantar para os nossos ancestrais
Que lutaram por justiça, Liberdade, paz e amor
Meu Santo Amaro da Purificação
Os teus fiéis sejam purificados
As margens do Rio Subaé
Uma corrente de fé
A seus votos renovados
Marias rogai por NÓS
Somos todos filhos seus
Rogai por NÓS Marias
Em intercessão a Deus
Odoyá Minha Rainha
Payaguás em procissão vai pro mar
Levar oferendas, agradecer Alodê, Yemanjá”. (HNT)
