Sargento da PM nega ter dado soco em mulher e diz ter sido agredido durante festa

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O sargento da Polícia Militar, Laudicério Machado, presidente da Associação dos Cabos e Soldados Militares de Mato Grosso,  negou ter agredido uma mulher durante confusão em uma festa de casamento realizada em Várzea Grande, na madrugada da última terça-feira (7).

No boletim de ocorrência, a mulher disse que a confusão começou após o policial assediar um primo do noivo e sentir desprezado pelo rapaz, que tem namorado. “Em certo momento, o celular dele caiu e a vítima pegou para entregar ao suspeito, que estava revoltado e desferiu um soco no olho da vítima”, diz trecho do B.O.

Por meio de nota, Laudicério chamou as acusações de “ilações absurdas e sem fundamentos”.  Segundo ele, a confusão teve início durante uma conversa com o pai do noivo.

“Durante a festa, conversava com o pai do noivo sobre questões profissionais. Ele me fazia cobranças das quais considerei indevidas, tanto pelo meu trabalho quanto pelo ambiente em que estávamos. A discussão foi ficando mais acalorada e os ânimos se exaltando entre nós dois, ao ponto de iniciar um tumulto, pois os familiares do noivo vieram também tirar satisfação sobre toda a discussão”, disse.

“Houve um tumulto, empurra-empurra e fui me direcionando para sair do local e ir embora da festa, sofrendo empurrões do pai do noivo e seu filho, irmão do noivo”, disse.

O sargento da PM disse que teve sua intimidade exposta. “A dor que essa exposição me causa, é imensa. É a dor de uma vida e não tenho palavras suficientes pra expressar isso. Além de sofrer violência física e verbal, tem a violência do preconceito”, afirmou.

Confira a íntegra do posicionamento do PM:

“Venho a público para me manifestar sobre as ilações absurdas e sem fundamentos ao meu respeito. Na data dos fatos na condição de convidado dos noivos, os quais conheci no ambiente profissional e com o passar do tempo se tornaram amigos íntimos e até confidentes. No entanto, é uma parceria que está sendo encerrada o que tem gerado incômodos.

Fui na cerimônia por insistência do noivo, estive na igreja e segui para o salão de festas com os demais. Durante a festa, conversava com o pai do noivo sobre questões profissionais. Ele me fazia cobranças das quais considerei indevidas, tanto pelo meu trabalho quanto pelo ambiente em que estávamos. A discussão foi ficando mais acalorada e os ânimos se exaltando entre nós dois, ao ponto de iniciar um tumulto, pois os familiares do noivo vieram também tirar satisfação sobre toda a discussão.

Nesse momento, eu estava isolado, uma vez que a festa era dos noivos e seus familiares. Houve um tumulto, empurra-empurra e fui me direcionando para sair do local e ir embora da festa, sofrendo empurrões do pai do noivo e seu filho, irmão do noivo. Assim que consegui me desvencilhar deles, fui até meu carro e saí do local.

Ontem tive exposta minha intimidade quando fizeram um boletim de ocorrência expondo minha minha vida pessoal de foro íntimo espalhada para para toda a imprensa para justificar o que fizeram comigo. A dor que essa exposição me causa, é imensa. É a dor de uma vida e não tenho palavras suficientes pra expressar isso. Além de sofrer violência física e verbal, tem a violência do preconceito.

Confesso que o fato me trouxe profundo abalo físico e psicológico, não apenas pelo que ocorreu na festa, mas pelo absurdo do qual estou sendo acusado. Lamento profundamente o que ocorreu e peço desculpas aos amigos noivos e toda família pela confusão, mas é preciso dizer a verdade.”

Fonte: O documento