Zito diz que Garcia sempre teve atuação ‘pífia’ e deveria ser o último a ser ouvido sobre o VLT

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Após o presidente regional do Democratas Fábio Garcia ter dito que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) não tinha ‘moral’ para questionar a troca de modal de transporte de VLT para BRT, o membro do MDB Zito Adrien rebateu o ex-deputado, afirmando que o Democrata deveria ter sido um dos últimos a ser ouvido sobre o assunto, junto ao ex-governador Silval Barbosa e ao pai de Garcia, proprietário da Engeglobal, Robério Garcia. Zito, que também é secretário municipal, ainda afirmou que Fábio Garcia não teve coragem de enfrentar Emanuel nas urnas, e agora tenta fazer estes questionamentos.

“Primeiramente que está confundindo as coisas. O prefeito defende sempre um diálogo aberto, pelo melhor modelo. O prefeito Emanuel nunca defendeu taxativamente o VLT (…) o que ele quer desde o início é que seja discutido qual é o melhor, tem que ser colocar na mesa quais as ponderações de um lado e de outro, o que não foi em momento nenhum acatado pelo governo”, afirmou o emedebista. “E quem menos deveria opinar [sobre isso] seria o ex-deputado Fábio, não só ele, como também o governador Silval e o próprio Engeglobal, que envolve o Fábio Garcia”, completou.

O secretário ainda relatou que Garcia, além de não ter tido coragem de enfrentar Emanuel nas urnas, assim como Mauro Mendes em 2016, também teve atuação pífia como deputado federal, e nunca pensou no melhor para Cuiabá. “Acho que eles fazem parte de um grupo que está aí, que tem interesses próprios, duvido que estejam defendendo os interesses de Cuiabá e Várzea Grande, [que é] o que o Emanuel está tentando fazer”, afirmou.

“Um grupo restrito que hoje está no comando [do Estado], e que só defende seus interesses. (…), interesses deste grupo do qual o Fábio vem defendendo há muito tempo.  Como ele foi um deputado pífio para Cuiabá e Mato Grosso. Eu me lembro bem, naquela história da emenda dos 100 milhões para HMC, que ele foi contra. Eu estava presente em Brasília, com o prefeito, e aquela emenda foi colocada para o Governo do Estado, para o Taques e a gente sabia que o Pedro estava atravessando uma situação difícil politicamente, que o dinheiro não vinha para cá. E ele[Fábio] foi o único que disse que o dinheiro não viria para Cuiabá. Naquele momento ele inviabilizou o HMC. Se o Emanuel não tivesse conseguido através do Temer aquela emenda de 100 milhões nós não teríamos o HMC. Isso mostra que ele nunca trabalhou em prol de Cuiabá, e mais uma vez não está trabalhando”, completou o secretário.

Para o emedebista, o ideal é que esta mudança seja discutida por diversos segmentos da sociedade, inclusive pela população, como está sendo realizado na audiência pública da tarde desta quinta-feira (4) na Assembleia Legislativa. Para Zito, a escolha pelo BRT sem discussão nem projeto deve acontecer em prol dos interesses escusos de alguém. “[Eles dizem:] ‘Não temos projetos para o BRT, mas o BRT é o melhor programa, já estão comprando ônibus’. Que negócio é esse? Não efetivou nada, não tem projeto ainda para o BRT, mas já tem possibilidade de comprar ônibus na China? Isso é interesse de alguém”, afirmou.

Por fim, Zito ainda lembrou que o governador Mauro Mendes (DEM), quando era prefeito da capital, não questionou a instalação do VLT, mas que o atual prefeito não irá agir da mesma forma. “Eles querem simplesmente impor o BRT. Se Mauro não questionou naquela época, que deveria ter feito isso, agora ele tem a solução, [porque] naquela época ele não teve e aceitou o VLT? Ah pelo amor de Deus. Já mudou tudo? Você acha que o município pode aceitar isso”, finalizou.

(Foto: Edson Rodrigues/Secopa)