Xavantes vivem crise sanitária com 11 mortes; MPF e DPU cobram ações

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O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU) em Mato Grosso emitiram recomendação conjunta à Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, para adoção de medidas emergenciais e estruturantes para conter a grave crise sanitária enfrentada pelo povo Xavante da Terra Indígena Marãiwatsedé.

A situação enfrentada pelos indígenas é caracterizada por fome, descaso, abandono e mortes negligenciadas, segundo informe do Conselho Nacional de Saúde. A Sesai tem 15 dias para responder se acata, ou não, a recomendação.

De janeiro a maio de 2025, foram registradas 11 mortes na região, sendo quatro crianças com sinais de desnutrição grave, anemia, diarreia e pneumonia. As demais mortes foram de uma gestante de 17 anos, cinco de adultos com idade entre 20 e 39 anos e uma mulher de 52 anos.

O caso é comparado à situação encontrada no território Yanomami quando foi decretada a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), conforme relato do membro da Comissão Intersetorial de Saúde Indígena (Cisi) do Conselho Nacional de Saúde, Marcos Costa Santos.  (RD News)