Voluntário da Ucrânia, Cacerense é ferido em batalha e diz que sobreviveu por milagre; veja vídeo

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O mato-grossense Arisson Benevides, que atua na linha de frente do conflito entre Rússia e Ucrânia, publicou em suas redes sociais, na tarde desta terça-feira (22), um relato sobre como sobreviveu a um ataque das forças russas.

A data exata do ataque não foi divulgada por Arisson, mas, segundo ele, o confronto ocorreu durante uma missão de defesa territorial.

No relato, o soldado, que é cacerense, aparece ao lado de outro combatente brasileiro, natural de Cascavel (PR). De acordo com os soldados, eles foram designados para uma missão que deveria durar sete dias, mas acabou se estendendo por duas semanas.

No 13º dia da missão, Arisson afirma ter sido surpreendido por um ataque de um grupo das forças especiais russas Spetsnaz, conhecido por realizar missões de reconhecimento, sabotagem e operações especiais.

“No décimo terceiro dia, um dia antes do meu aniversário, eram umas sete e vinte da noite. Começou a chover e eu percebi uma movimentação estranha em cima do bunker”, relatou.

Segundo o soldado, seis soldados russos cortaram os sinais de rádio e alvejaram o bunker com tiros e granadas.

“Eles tacaram muita granada. Um amigo meu, ucraniano, que estava do meu lado, morreu nos primeiros 10 segundos. O outro entrou em pânico e ficou escondido. Quando a trincheira foi explodida, só restou um buraco. Eu não tinha saída. A minha saída ali foi Deus”.

Apesar da intensidade do ataque, Arisson afirma que foi atingido por apenas dois tiros no braço e por estilhaços que feriram seu olho direito.

“Pela quantidade de tiros que recebi, só ter levado dois no braço e um estilhaço no olho… Eu não fiquei cego por um milagre. Vou precisar fazer uma cirurgia e peço pra todo mundo torcer, que Deus abençoe.”

Ainda segundo o relato, após escapar do bunker, ele ficou perdido por dois dias até ser resgatado por colegas ucranianos. Desde então, está internado em uma unidade médica.

Inspirado pelo tio, que atua como policial militar em Mato Grosso, Arisson está na linha de frente do conflito entre Ucrânia e Rússia há cerca de três anos.

Ele iniciou sua carreira militar como membro da Legião Estrangeira, unidade composta por estrangeiros que servem sob o comando da França. No entanto, após sete meses como integrante da legião, decidiu se alistar para atuar diretamente no conflito armado entre os dois países.

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(Midianews)