VLT: Ilha da Banana será demolida manualmente para não abalar entorno

Fonte: Repórter MT

A região conhecida como “Ilha da Banana” deve ser demolida nos próximos dias, após aval do Ministério Público Federal (MPF). A ação será realizada de forma manual e mecânica, sem o uso de explosivos para que o entorno do Centro Histórico não seja atingido.

O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) informou que a demolição dos imóveis da Ilha da Banana está amparada em autorização concedida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de Mato Grosso (IPHAN-MT).

A ação, que estava marcada para o último dia 9 de abril, foi adiada a pedido do MPF. O órgão de controle questionou a forma como as demolições seriam feitas e se não abalariam as demais estruturas.

A área está localizada entre a Avenida Coronel Escolástico e o Morro da Luz, no Centro de Cuiabá.

“Não estamos agredindo absolutamente nada e vamos respeitar rigorosamente as orientações do Iphan durante as demolições. Por isso, aguardo com serenidade um trabalho legal, transparente e célere do MPF, pois a ação (demolições) realizada pelo Governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá é amplamente aprovada pela população cuiabana”, destacou Santos, que respondia pela Secretaria de Estado de Cidades (Secid) até a última semana.

Ele deve retornar para a Pasta nos próximos dias.

“Os trabalhadores farão o serviço manualmente, retirando pedra por pedra. No que for possível o serviço será realizado por tratores, mas tudo com extremo cuidado para que nada, além dos casarões em demolição, seja abalado”, explicou.

Wilson Santos observou que a medida leva ainda em consideração questões de saúde e segurança pública, já que parte dos imóveis é ocupada por usuários de drogas, que estão sendo retirados do local em uma ação conjunta com a Prefeitura de Cuiabá.

A autorização do Iphan-MT para demolição dos imóveis no entorno do Largo do Rosário/Ilha da Banana consta de ofício enviado à Secretaria de Estado das Cidades em setembro de 2016.

“Este instituto autoriza a retirada das edificações da Ilha da Banana, exceto três imóveis (Casa Singer e outros dois imóveis que na época ainda não eram de propriedade do Estado)”, afirmou o Iphan em ofício, indicando a necessidade de limpeza e retirada do entulho da área, bem como a apresentação do projeto de revitalização do local.

“Os trabalhadores farão o serviço manualmente, retirando pedra por pedra. No que for possível o serviço será realizado por tratores, mas tudo com extremo cuidado para que nada, além dos casarões em demolição, seja abalado”, explicou.

Demolições

Quando liberado, o serviço de demolição e recolhimento de entulhos será realizado pela empresa cuiabana Material Forte Incorporadora Ldta, vencedora do pregão eletrônico de registro de preços realizado pela Secretaria de Estado de Gestão (Seges-MT) em março.

A construtora saiu vitoriosa do certame que prevê a derrubada, total ou parcial, de até 199 imóveis ao longo das linhas do VLT e de obras de mobilidade urbana, idealizadas para Copa de 2014.

O custo das operações é de R$ 4,02 milhões. Entre os itens previstos para demolição, estão: área coberta, muretas, muros, piso de concreto e edificações.

Inicialmente, quatro casas instaladas nas imediações da Igreja do Rosário/São Benedito serão preservadas porque a desapropriação dos moradores ainda está sendo discutida judicialmente. Sanados os entraves, todos imóveis serão retirados.

O projeto do VLT contempla a revitalização do local para ser entregue à população cuiabana.

No total, as desapropriações na Ilha da Banana custaram ao Governo do Estado R$ 6,35 milhões.