A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, expressou sua opinião sobre o caso de Daniel Alves em Barcelona, destacando a preservação da imagem da vítima durante o julgamento na Espanha. O julgamento teve início nesta segunda-feira (05.02).
Ela observou: “Se fosse no Brasil, provavelmente estaria respondendo em liberdade. Outro ponto que chamou minha atenção foi a preservação da vítima, que foi ouvida a portas fechadas, sem o acesso da imprensa, e todos os registros para uso interno da justiça tiveram voz e imagem distorcidas, medida que faz parte do Estatuto da Vítima Espanhol. Preservar a imagem da vítima é extremamente importante, porque os traumas já são dolorosos o bastante.”
Virginia ainda ressaltou a necessidade de evolução das leis brasileiras: “Realmente, em nosso país, temos que evoluir muito com relação às leis de proteção e preservação da vítima.” Ela explicou a diferença no perfil do andamento dos processos entre Espanha e Brasil, enfatizando que no sistema espanhol o juiz desempenha um papel ativo na coleta de provas e na condução do julgamento, enquanto no Brasil o juiz tem um papel mais passivo.
Sobre o julgamento em andamento, Virginia Mendes destacou: “Assim como acontece com muitas vítimas, inicialmente a jovem não teve coragem de denunciar, conforme a declaração de uma das testemunhas, mas foi encorajada a procurar o hospital e também a polícia para denunciar o crime. Desde então, Daniel está preso. Em qualquer circunstância, a denúncia é imprescindível.”
Virginia concluiu afirmando: “Vou continuar cobrando leis mais duras e que realmente protejam as vítimas de violência doméstica e de abuso sexual em nosso país”.
Durante 1h15 a vítima confirmou a versão do depoimento dado à polícia em 20 de janeiro de 2023. Conforme solicitado pela defesa da jovem, Daniel Alves será ouvido somente na quarta-feira (07.02).
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